Preso vigilante que assaltava bancos

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Uma quadrilha acusada de assaltar pelo menos três agências bancárias em Curitiba, nos últimos dois meses, foi apresentada, ontem pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Um dos integrantes do grupo é um vigilante que trabalhava em um dos bancos roubados. Nas outras duas ações, os bandidos usaram disfarces para entrar nas agências.

Os cinco acusados foram presos na última quarta, nos bairros Boa Vista, Pinheirinho e Sítio Cercado. Com eles foram encontrados um revólver calibre 38 com numeração adulterada, munições e um colete balístico, além de uma porção de maconha.

Entre os presos está Vinício Garcia, de 22 anos, vigilante da agência do Banco Itaú na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), que foi assaltada no dia 3 de setembro. De acordo com a polícia, Garcia trabalhava na porta giratória do banco e permitiu o acesso dos comparsas. Além disso, ele teria repassado à quadrilha informações privilegiadas sobre o funcionamento da agência.

Na ocasião, os bandidos levaram R$ 46 mil em dinheiro, mas, segundo o delegado do Cope Hamilton da Paz, os bandidos queriam mesmo eram os R$ 4 milhões que estariam no cofre. "Eles não conseguiram levar este valor porque Garcia se precipitou e deu o sinal para a quadrilha entrar no banco antes de o gerente ter aberto o cofre. Com isso, levaram o que tinha nos caixas", disse o delegado.

Garcia tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas, mas, ainda assim, era contratado de uma empresa de vigilância – cujo nome não foi divulgado –, que, segundo o Cope, é regularizada.

Também foi detido na operação Oneias Krupnitski, de 24 anos, que é apontado pela polícia como fornecedor de armas e um dos cabeças da quadrilha. Os outros presos são Jeferson Barbosa da Silva, de 19 anos; Willian Justro da Silva, de 28 anos, e Anderson Gonçalves Hayvel, de 35 anos.

Disfarces

Uma característica da quadrilha é que os integrantes usavam disfarces para não chamar a atenção durante os roubos: eles entravam vestidos de médicos ou com uniformes da Petrobras.

Segundo o Cope, o dinheiro roubado nos três assaltos não foi recuperado. A polícia acredita que a quadrilha seja responsável por outros assaltos a bancos em Curitiba e região metropolitana.