Foram detidos no fim de semana na região metropolitana de Curitiba dez acusados de envolvimento em uma série de golpes que teriam rendido R$ 1 milhão de maneira ilegal, de acordo com cálculos da Polícia Civil. Os bandidos estariam operando há dois anos com clonagem de cartões de crédito e uso de documentos falsos. Os suspeitos não quiseram falar à imprensa.
De acordo com o delegado Vinícius Augusto Carvalho, da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, o bando agia há dois anos nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A polícia começou as investigações em setembro do ano passado.
O grupo agia de duas formas: abrindo contas fantasmas e obtendo crédito com documentos falsificados; e usando cartões e cheques clonados para a compra de bens duráveis e de alto valor. Para obter os dados das vítimas, a quadrilha instalava o aparato eletrônico chamado "chupa-cabra" nas máquinas leitoras de cartões. A partir disso, cartões clonados eram produzidos e usados em comércios.
Segundo a polícia, mais 50 pessoas podem ter atuado nos golpes usando os cartões falsos. A polícia investiga quem são essas pessoas e onde elas estão. Também existe a suspeita de conivência de alguns comerciantes. "As investigações prosseguem e devemos ter novidades em breve", disse o delegado Carvalho.
Prisão
As prisões se deram na sexta e no sábado, em Curitiba, Almirante Tamandaré e Pinhais. Os suspeitos estão sob o regime de prisão temporária.
A polícia apreendeu jóias, oito carros, computadores, um revólver calibre 38, uma pistola calibre 765, carteiras de identidades e de habilitação falsas, cartões de crédito clonados, três máquinas leitoras de cartões com "chupa-cabra" e matrizes para confecções de cartões.
Os detidos são acusados de estelionato, uso e produção de documentos falsos, posse ilegal de armas e formação de quadrilha.