Araraquara – Cresce dentro dos presídios de São Paulo o movimento de resistência às ordens dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para iniciar rebeliões. Os presos não ligados à facção já falam abertamente em não participar de novas ondas de motins como a que está sendo preparada caso se confirme a transferência das lideranças para o presídio federal de Catanduvas (PR). Sem a adesão dos presos, os parentes também não se exporiam, fora dos presídios, em ataques ordenados pela facção, como os que ocorreram nos últimos dias. A reportagem teve acesso à carta de um detento da penitenciária de Araraquara que expõe de forma clara essa situação. "Ta geral aqui que nós não vamos levantar", diz um trecho. Na carta que escreveu para a mulher, o detento fala do descontentamento da maioria com a situação. Ela conta que o marido não é da facção, mas teve de participar do quebra-quebra para não morrer. "A maioria não é do PCC, mas tem que ir na onda, senão morre." Os que foram obrigados a se rebelar também arcam com as conseqüências da destruição. "Eles estão dormindo no chão, porque teve a ordem de queimar os colchões, e muitos ficaram doentes." O presídio de Araraquara foi destruído em duas rebeliões.

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