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O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse ontem, na inauguração da Penitenciária Federal de Catanduvas, que a unidade será "seletiva" e admitirá presos que precisam ser "desligados" de suas quadrilhas ou ameaçam a segurança dos sistemas penitenciários estaduais. O traficante Fernandinho Beira-Mar e Marcos Willian Camacho, o Marcola, chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), devem estar entre os 150 presos isolados no primeiro presídio de segurança máxima do país, que deve começar a receber detentos em 20 dias.

No entanto, o ministro evitou falar em nomes. O diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Maurício Kuehne, disse que a lista ainda não foi definida. "Até agora apenas o Mato Grosso do Sul manifestou a intenção de enviar detentos para cá", afirmou, lembrando que a decisão final sobre a vinda dos detentos caberá ao juiz da 1.ª Vara Criminal da Comarca de Curitiba, Luiz Gebran Neto, responsável pela Vara de Execução Penal da penitenciária de Catanduvas.

A unidade tem capacidade para 208 presos, mas deve operar com apenas 150 presos. "As demais vagas ficarão como reserva técnica", informou o diretor do presídio, Ronaldo Urbano. Ele disse que o presídio estaria pronto para receber os detentos já a partir de hoje, mesmo faltando a instalação de alguns equipamentos de segurança, como câmaras de vídeo. Bastos disse que o presídio de Catanduvas funcionará como um regulador do sistema prisional no país. "Num momento de crise, a unidade de Catanduvas pode ser acionada dentro de um mecanismo de organização para transferência. Aqui os presos vão ser isolados de suas quadrilhas organizadas", destacou o ministro. Ele considerou a unidade uma "intervenção cirúrgica" contra o crime organizado. (MP)

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