Seis presos de um bloco da Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), mantiveram um agente penitenciário como refém por mais de quatro horas na manhã desta segunda-feira (10). Dois membros do grupo reivindicavam a transferência para um presídio de Guarapuava, Centro-Sul do Paraná. Após a remoção ter sido concedida, o agente foi liberado.
As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju). O órgão afirma que a movimentação começou por volta das 8 horas, quando um agente penitenciário entrou na cela sozinho. A Polícia Militar foi acionada e esteve no local para atuar nas negociações. O agente foi liberado pouco depois do meio-dia e não teve ferimentos, segundo o sindicato que representa a categoria.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, reclamou da situação, que tem sido recorrente nos presídios da Grande Curitiba. Nas contas dele, este foi o 9º motim e o 12º agente penitenciário feito refém em menos de três meses. "Os agentes estão com medo de trabalhar porque viramos moeda de troca. Queremos uma audiência com o Tribunal de Justiça, porque os órgãos responsáveis reclamam que a Justiça do interior não quer aceitar presos que estão cumprindo pena na capital."
Em um caso parecido que ocorreu entre a noite do dia 5 e a manhã do dia 6 de março, a Seju comentou, via assessoria. A secretaria relatou que não cabe à pasta fazer um levantamento dos presos que querem transferências. A entidade informou que os internos têm direito de solicitar a remoção para ficar perto das famílias, mas que isso é uma questão administrada pelo Poder Judiciário.
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