Vinte e dois presos do Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) receberam, na manhã desta quinta-feira (16), as tornozeleiras eletrônicas que vão permitir que eles, além de passar o dia fora da unidade, possam também dormir em casa até concluir o cumprimento da pena.
Outros presos devem ser beneficiados pela tornozeleira nos próximos dias, já que os processos de 42 detentos foram encaminhados para análise da Vara de Execuções Penais. Durante a entrega dos equipamentos, a secretária da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, afirmou que, das 5 mil tornozeleiras adquiridas pelo Estado, mil devem ser destinadas a presos de Londrina.
Estão sendo beneficiados os presos condenados do regime semiaberto, que já têm autorização para deixar as unidades durante o dia para trabalhar; os presos com mais de 60 anos; mulheres ou doentes. Presos provisórios também devem ser contemplados com a medida, desde que não tenham cometido crimes violentos.
"Eles têm que respeitar as determinações do juiz de se recolher em casa no horário determinado e não deixar a cidade. Qualquer desrespeito a isso vai ser acusado pelo monitoramento e ele será novamente preso", explicou Maria Tereza. Tentativas de rompimento do equipamento também são acusadas pelo monitoramento, feito por uma empresa em Curitiba.
Superlotação
Com as tornozeleiras, a secretária espera acabar com a superlotação do sistema prisional no Paraná. "Em 2011, tínhamos 16 mil presos no estado. Hoje, temos 9 mil. Com as 5 mil tornozeleiras e as 6,7 mil novas vagas que estamos criando, vamos ter uma situação melhor nas unidades", afirmou.
Os projetos de construção do novo presídio, do Centro de Integração social e da ampliação da Casa de Custódia de Londrina, segundo a secretária, estão em fase de adequações para que as obras sejam iniciadas. "Serão 20 novas unidades no Paraná e cada projeto está passando por adaptações técnicas, principalmente por causa dos terrenos", argumentou Maria Tereza.