Dois homens foram presos ontem, com autorização judicial, acusados de estuprar e matar a estudante Alessandra Subtil Betim, 8 anos, em Castro, nos Campos Gerais. Por meio de informações dadas por testemunhas, a polícia chegou a dois cortadores de madeira vizinhos da vítima. Os suspeitos, que já têm antecedentes criminais por furto e lesão corporal, negam a autoria do crime.
Segundo o delegado-chefe da Divisão de Policiamento do Interior, Luis Alberto Cartaxo Moura, a menina foi atraída com a oferta de doces. O delegado garantiu que o crime não está relacionado à morte da estudante Rachel Genofre, em Curitiba. "A possibilidade de ligação é quase zero", reforçou.
Alessandra desapareceu na tarde de domingo enquanto brincava com colegas na rua onde morava. O corpo foi encontrado na manhã de segunda-feira em um matagal a menos de 500 metros de sua casa. Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), Alessandra morreu de traumatismo craniano. O estupro foi confirmado no exame.
O delegado de Castro, Getúlio de Moraes Vargas, foi procurado por uma testemunha enquanto estava no velório da menina, na noite de segunda-feira. Uma mulher disse que um casal teria visto Alessandra na companhia dos dois homens presos na noite de domingo. Segundo essa mulher, que teve a identidade preservada pela polícia, a menina estava chorando, mas o casal não interveio por medo dos acusados.
Acusações
Levados à delegacia em Ponta Grossa, os dois suspeitos trocaram acusações pela morte. Cada um deles contou uma história que incriminava o outro. Um deles chegou a dizer que viu o outro carregando a menina envolta em um lençol.
Segundo Cartaxo, os dois atraíram a menina até a casa com doces, estupraram a garota e levaram Alessandra até o matagal depois de morta. O delegado suspeita que os acusados estivessem sob o efeito de álcool havia muitas garrafas vazias na casa.
Durante uma perícia na casa dos suspeitos, teriam sido encontradas peças de roupas manchadas com sangue. Os dois vão responder por co-autoria no crime de homicídio qualificado e ficarão presos em local mantido em sigilo durante o andamento do inquérito.