Cinquenta presos que se envolveram na rebelião que destruiu a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, há duas semanas, foram removidos para Catanduvas, no Paraná, e Porto Velho, em Rondônia. O Ministério da Justiça (MJ) informou nesta terça-feira (26) que a transferência foi solicitada pelo governo do estado e realizada no último fim de semana.

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De acordo com o MJ, o Sistema Penitenciário Federal (SPF) aceitou receber os presos e as transferências foram autorizadas pela Justiça Federal. A penitenciária de Catanduvas recebeu 24 detentos e os outros 26 foram encaminhados para Porto Velho. As transferências mobilizaram aproximadamente 100 agentes penitenciários federais e policiais.

Na semana passada, o governo do estado anunciou a reativação do antigo presídio do Ahú, em Curitiba, que não era usado desde 31 de agosto de 2006. A previsão era que a carceragem receberia 408 presos de menor perigo. A data da transferência depende da conclusão de obras de readequações estruturais, especialmente no sistema de esgoto do presídio.

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A reportagem da Gazeta do Povo tentou ouvir a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (Seju), mas nignuém foi localizado.

Rebelião

Dos cerca de 1.600 detentos da PCE, aproximadamente 1.200 se envolveram de alguma forma no conflito que começou por volta das 21 horas de quinta-feira (14). Seis detentos morreram e oito ficaram feridos. A rebelião sóterminou por volta das 16 horas de sexta-feira (15).

Na segunda-feira (18), o governador Roberto Requião (PMDB) determinou a instauração de um inquérito para investigar se agentes penitenciários têm responsabilidade pela rebelião.

A revolta destruiu parte da estrutura interna da PCE, como grades e portas, impedindo a manutenção de todos os presos no local. O governo, então, decidiu reativar o antigo presídio do Ahú, em Curitiba, que não era usado desde 31 de agosto de 2006. Cerca de 408 presos de menor perigo devem ser transferidos para a unidade.

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Retirada da Polícia Militar

Dois dias antes da rebelião, a Secretaria da Segurança Pública (Sesp) retirou alguns policiais militares da penitenciária. Eles eram responsáveis por fazer a guarda armada do local, em apoio aos agentes, e estavam dentro da PCE desde 2001, data da última rebelião que aconteceu no local. Segundo a Sesp, 20 PMs teriam sido transferidos.

Sem os PMs, ficam apenas no máximo 30 agentes penitenciários fazendo a segurança de cerca de 1,5 mil presos em 13 galerias que compõem o complexo de 40 mil metros quadrados de área construída.