Presos escapam de minipresídio por túnel subterrâneo

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Cerca de 15 detentos fugiram do minipresídio de Apucarana, no Norte do estado, durante a madrugada desta quarta-feira (3). De acordo com informações da Polícia Militar (PM) da cidade, que auxilia a Polícia Civil na busca dos fugitivos, os presos saíram por um túnel subterrâneo, que ligou uma das celas ao terreno da Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Apucarana, que fica ao lado do mini-presídio, na Rua Nova Ucrânia, no Jardim Iguatemi.

Ainda não há informações sobre capturas, e por volta das 16h30, equipes da PM e polícia civil ainda não haviam encontrado nenhum detento. A PM informa que o túnel escavado tem mais de dez metros de extensão. A fuga foi notada somente às 6h, quando um funcionário da Ciretran encontrou o buraco no chão.

O delegado-geral do minipresídio e na 17ª Subdivisão Policial (17ª SDP) de Apucarana, Gabriel Marcelo Botelho Junqueira Filho, conta que está é a segunda tentativa de fuga dos detentos. "Há 60 dias, os presos cavaram um buraco também, porém foram barrados por um muro de contenção que construímos com dois metros e meio de profundidade", afirma o delegado. Segundo ele, desta vez, os bandidos conseguiram escapar.

Os fugitivos são todos da região de Apucarana. Eles são acusados de tráfico de drogas, homicídios e roubos a mão armada. No mini-presídio começaram a ser feitas reformas para tentar minimizar os problemas com os detentos.

Superlotação

No último dia 11, uma rebelião dos detentos do mesmo minipresídio deixou vários presos feridos após confronto com policiais, embora ninguém tenha conseguido escapar. À época, o tenente da PM de Apucarana, Vilson Laurentino da Silva, disse que os presos fizeram a confusão para reclamar das condições do local. "No minipresídio de Apucarana, há espaço para 80 detentos, porém hoje estão 210 pessoas no local. Este já é um problema crônico do lugar", afirmou Silva na ocasião.

A PM e a Polícia Civil tiveram que intervir para acabar com o tumulto. Tiros com balas de borracha e bombas de efeito moral foram jogados nos detentos. A agitação só acabou quando uma equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) chegou ao local.