Presos do 2º Distrito Policial (DP) de Londrina começaram, por volta das 8 horas desta quarta-feira (16), uma rebelião na carceragem. Vizinhos relataram que pelo menos sete tiros foram disparados. Um auxiliar de carceragem foi feito refém pelos detentos. O distrito está interditado para receber novos presos em razão da superlotação do local.
A rebelião começou depois de uma tentativa frustrada de fuga dos presos que estavam na ala de contêineres. O delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Márcio Amaro, e o comandando do 5º Batalhão da Polícia Militar (PM), o tenente-coronel Samir Geha, estavam no local para acompanhar a negociação comandada pelo capitão Paulo Ciloto, por volta das 9h45.
Muitos familiares de presos estão em frente ao prédio. Não há informações de presos feridos na troca de tiros. A diarista Sueli Aparecida Machado, 43 anos, acompanha com preocupação as negociações. O filho dela de 23 anos está preso na ala onde ocorreu a tentativa de fuga. "Estou com medo de ele ter se ferido com os tiros", disse.
O prédio do 2º DP está cercado, pelo menos 25 policiais do Pelotão de Choque estão a postos para uma possível invasão da carceragem. Um caminhão do Corpo de Bombeiros e ambulâncias do Siate também estão no 2º DP.
Por volta das 10h15, a polícia atendeu a um pedido dos detentos e as equipes de reportagem das emissoras de televisão que acompanham a rebelião entraram no prédio. Os presos estão com duas armas uma pistola e um revólver calibre 32. Eles prometem entregar as armas quando reportagens sobre o caso passem nos telejornais.
Para a tarde desta quarta-feira (16) estava prevista a transferência de 35 presos para a Casa de Custódia de Londrina.