Os presos rebelados da Casa de Custódia de Maringá (CCM) liberaram, no início da noite desta terça-feira (30), mais um agente penitenciário que era mantido refém na unidade. Dos sete agentes feitos reféns, quatro ainda permanecem em posse do grupo. O motim teve início às 15 horas da última segunda-feira (29) e dura mais de 28 horas.
A rebelião foi consumada por 90 presos no Bloco 3 da CCM. Dos sete agentes feitos reféns no início do motim, dois foram liberados ainda ontem. Um deles precisou ser levado para o Hospital de Sarandi por cauda de agressões que provocaram ferimentos em suas costas. O agente liberado nesta terça não tinha ferimentos, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Os presos pedem assistência jurídica, médica e melhoria na qualidade da alimentação. O maior entrave para o fim do motim, porém, é o pedido de transferência de alguns deles. Recentemente, o governo do estado editou uma resolução que proibia qualquer transferência pedida durante rebeliões. Além disso, o Sistema Judiciário está em recesso.
Segundo informações da polícia, cerca de 200 presos tentaram tomar a unidade mas, com a ação da segurança, apenas o grupo de 90 conseguiu dominar o bloco. Apesar de nenhuma facção criminosa ter reivindicado a liderança do movimento, um dos presos que entregou a lista de reivindicação integra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A rebelião teria iniciado quando os detentos começavam a ser recolhidos novamente para as celas no meio da tarde da segunda-feira (29).
O secretário Fernando Francischini viajou a Maringá nesta tarde para se juntar às negociações que tentam por fim ao motim. Ainda não há informações sobre avanços obtidos nas negociações após a chegada do titular da Segurança Pública ao local.
Como começou
Segundo informações da polícia, cerca de 200 presos tentaram tomar a unidade mas, com a ação da segurança, apenas o grupo de 90 conseguiu dominar o bloco. Apesar de nenhuma facção criminosa ter reivindicado a liderança do movimento, um dos presos que entregou a lista de reivindicação integra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A rebelião teria iniciado quando os detentos começavam a ser recolhidos novamente para as celas no meio da tarde da segunda-feira (29).
2014: Em média, duas rebeliões por mês no PR
Essa é a 24ª rebelião em cadeias e penitenciárias no estado em 2014. A Casa de Custódia tem 650 vagas e atualmente está com 636 homens. A rebelião acontece semanas depois de parte de a unidade ter sido reconstruída, após uma rebelião ocorrida em setembro de 2011. Na ocasião, os detentos reclamavam da demora no andamento dos processos, de maus tratos e da qualidade da comida.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Johnson, informou que, ao longo de 2014, 53 agentes foram feitos reféns devido às rebeliões. "Alguma coisa está errada. Esperamos que o governo mude a estratégia e melhore as condições de trabalho para os agentes", afirma.