A rebelião na 1.º Subdivisão Policial de Paranaguá, no litoral do Paraná, foi encerrada na noite desta quarta-feira (29). Os presos liberaram os dois agentes carcerários, os quais não foram feridos. O motim durou 8 horas das 14h às 22 horas.
De acordo com o delegado Italo Sêga, os presos estavam recebendo visita médica quando um deles tentou fugir e foi surpreendido. Depois, os presos renderam os agentes carcerários.
A principal reivindicação dos detentos era de que alguns deles fossem transferidos para Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Vinte presos devem deixar a carceragem de Paranaguá.
Durante a tarde, o 9º Batalhão da Polícia Militar do Paraná pediu reforço para Curitiba. O grupo Tigre e o Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram para o litoral e negociaram com os presos - em conjunto com os policiais de Paranaguá.
Segundo o delegado, como a unidade é pequena, uma invasão do Batalhão de Choque colocaria em risco a vida das pessoas e por isso ele optou por negociar com os presos. "Foi um dia bastante difícil, mas no final deu tudo certo. Resolvemos o problema de forma paliativa porque - mesmo com a transferência dos presos - ainda vamos ficar com 102 presos em Paranaguá para uma capacidade bem menor", disse.
De acordo com informações da Seju, antes da rebelião, a delegacia de Paranaguá tinha uma população carcerária quase três vezes maior que sua capacidade, já que conta com 42 vagas para, até então, 121 presos.
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