Um dos dois agentes penitenciários mantidos reféns na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foi liberado por volta das 21h45 desta quinta-feira (17). O motim ocorre no Bloco 6, que seria onde ficam os presos de castigo. Quatro detentos renderam dois agentes por volta das 17 horas. O refém solto não ficou ferido.
As informações são da Secretaria de Segurança Pública (Sesp). Segundo a pasta, as negociações foram suspensas por volta das 22h30 e serão retomadas a partir das 6 horas desta sexta-feira (20).
Logo após o início do motim, a Sesp informou que o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o diretor do Departamento de Execuções Penais (Depen), Cezinando Paredes, e o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, foram ao local. A negociação começou às 18 horas. A Sesp disse que a situação é considerada sob controle.
Na negociação, a Sesp informou que os presos pediram por proteção. Eles acreditam que estariam em uma lista de pessoas a serem mortas por uma facção criminosa rival a que eles pertencem. Os presos não citaram até o momento o pedido de transferências, segundo a Sesp. Até por volta das 22 horas não havia feridos nas situação, de acordo com a pasta. Nesse mesmo horário, também não era possível dar uma estimativa para o término do motim.
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) disse que também acompanha as negociações. O vice-presidente da instituição, Antony Johnson, considera que o motim ocorre porque as prisões do Paraná há tempos estão em uma situação difícil. “Nosso sistema penitenciário não é de hoje que pede socorro. Precisamos urgentemente de mais efetivo”, disse.
Motim ocorre depois de morte de agente
O motim desta quinta-feira (19) ocorre quatro dias depois do assassinato de um agente penitenciário no Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (CRAG). Ele foi morto na noite de domingo (15) sem que houvesse qualquer rebelião na unidade. Segundo informações do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), dois homens invadiram o local pelos fundos, violaram a tela do alambrado e dispararam três vezes contra o agente Marcelo Fernando Pinheiro, 31 anos, que morreu na hora. Um outro agente penitenciário também foi atingido, mas sem gravidade.
Além disso, como consta em reportagem do Paraná Online, há um documento impresso em papel timbrado do Depen no dia 10 de março (cinco dias antes do crime) em que um preso relata à direção da Penitenciária Industrial de Guarapuava o risco de ocorrer o atentado. O preso afirmou, segundo o documento, que havia uma lista de seis agentes jurados de morte por presos do semiaberto e transferidos para outras penitenciárias. Dois suspeitos de terem praticado o crime foram identificados e estão presos. A participação de detentos na articulação do assassinato é investigada pela Polícia Civil.
A Sesp diz que o documento não chegou à pasta e que o governo do Paraná, portanto, não sabia da possibilidade de atentado. O órgão alega que solicitou à direção da PIG o registro do relato do preso, mas, segundo a assessoria de imprensa da pasta, a resposta da penitenciária foi de que o documento havia sumido.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora