Após dois dias de investigação, a polícia prendeu, na madrugada de ontem, três suspeitos de terem assassinado o tenente da Polícia Miltiar Eduardo Moreira da Silva e o ex-policial Israel Voss. Eles foram mortos a tiros na madrugada do último dia 20, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Em um trabalho conjunto entre Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Civil e Militar, foram detidos Nelson Francisco Carvalho, 39 anos, o irmão dele, Nilson Gomes de Carvalho, 22 anos, e Luiz Carlos de Lima Tiepo, 23 anos, apontados como autores dos assassinatos.
Luiz Carlos, acusado de ser o autor dos disparos, e Nilson foram encontrados no bairro Tabuleiro, em Matinhos, litoral do estado. Com eles a polícia apreendeu uma pistola, um revólver calibre 38, uma carabina e algumas pedras de crack. Nelson foi preso em São José dos Pinhais. O tenente-coronel Marcos Teodoro Scheremeta, comandante do 17.º Batalhão da PM, não descarta a possibilidade de outras pessoas terem participado do crime. "Ainda não podemos contar como se deu a investigação, pois não fechamos todo o quebra-cabeça. Pode ter mais gente envolvida", diz.
Segundo Nilson, ele e Luiz Carlos teriam planejado roubar a caminhonete onde estavam Silva e Woss, para atender uma encomenda. "Rendemos os dois na Rua Rui Barbosa. Levamos eles e a caminhonete até um bar que é do meu irmão. Deixamos o policial e o amigo dele no bar. Eu e o Nelson seguimos para Curitiba e paramos em frente ao Karina Lanches, no Capanema, para entregar a caminhonete. O rapaz que tinha combinado com a gente não apareceu. Deixamos a caminhonete lá e fomos embora. Quando chegamos no bar, o Luiz Carlos já tinha matado os dois", conta.
Segundo a polícia, o bar onde Silva e Woss foram levados tinha um porão que era usado como cativeiro. "No local, há vestígios de luta corporal, sangue e marcas de tiros nos móveis e nas paredes. O quarto pode ter sido usado, anteriormente, para que os acusados cometessem outros crimes", conta a perita do Instituto de Criminalística, Jussara Joeckel. "Eles contam que o Woss teria reagido no cativeiro e que o Luiz Carlos acabou atirando contra as vítimas. Os três levaram os corpos dos policiais em um Pálio e os jogaram na Estrada da Roseira", diz o superintendente da delegacia de São José, Altair Ferreira. "Sabemos onde e como os dois foram mortos. Agora queremos saber quem seria o receptador da caminhonete (que ainda não foi encontrada) para saber se não há mais pessoas envolvidas diretamente com as mortes", disse Ferreira. Luiz Carlos tem passagem pela polícia por homicídio.
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