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A Polícia Civil indiciou nesta sexta-feira (30) três pessoas por homicídio qualificado em razão do incêndio provocado por uma bomba caseira em uma casa de Quitandinha, na região metropolitana de Curitiba, no dia 20 deste mês. Uma das vítimas não resistiu aos ferimentos e morreu na quinta-feira (29), o que agravou a situação dos suspeitos.

Dois deles, Gilmar Colaço dos Santos, 30 anos, e Luiz Fernando da Silveira Quepe, 26 anos, foram presos em flagrante. A delegacia de Quitandinha pediu a prisão preventiva de Valmir Oliveira Ribeiro, 20 anos, apontado como coautor do crime. A Justiça deve julgar em breve a solicitação da delegacia.

Além dos maiores, um adolescente de 16 anos estaria envolvido no crime. A Justiça mandou que o adolescente permaneça internado em uma unidade socioeducativa. A polícia cumpriu a determinação nesta tarde.

O bando é apontado como responsável por jogar uma bomba incendiária em uma residência da localidade de Pangaré em 20 de janeiro. Seis pessoas ficaram feridas, entre elas, uma menina de 9 meses de idade que permanece internada no Hospital Evangélico, sem previsão de alta. A mãe da criança, Nayane Sodré, 19 anos, não resistiu e morreu na quinta-feira (29).

O inquérito policial imputa aos três suspeitos um homicídio consumado e qualificado - o Código Penal prevê sanções mais severas quando há o emprego de fogo -, além de cinco tentativas de assassinato. "Está registrado também a impossibilidade de defesa das vítimas, que a Justiça pode entender como outro qualificante", afirma o escrivão de Quitandinha, José Adilson. Se todas as acusações forem acatadas e julgadas procedentes, os três indiciados podem ficar até 30 anos presos. O adolescente pode ficar até três anos apreendido.

Para Adílson, a população da cidade está indignada com o crime. "O pessoal de Pangaré é pacífico, muito religioso. Eles [os criminosos] se aproveitaram disso. O povo [de Quitandinha] está muito revoltado", conta o policial.

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