Terminou na tarde desta sexta-feira a rebelião de presos na Cadeia Pública de Maringá, no Noroeste do estado, após mais de três horas. Os religiosos que eram mantidos reféns foram liberados pelos detentos. As vítimas afirmaram aos jornalistas que estão no local que não sofreram nenhum tipo de agressão. Os reféns prestavam trabalhos voluntários na cadeia e foram rendidos durante um almoço de Natal.
Segundo informações da Rádio CBN, os reféns foram soltos após os rebelados terem algumas exigências atendidas pelo Ministério Público (MP). Promotores de Justiça negociaram por cerca de duas horas e foram feitos acertos como flexibilidade de horários para visitas e transferências. A cadeia é uma das várias que sofrem com o problema da superlotação. Atualmente, são 400 presos, quando a capacidade é para 150.
Em rápida entrevista à Rádio CBN, o Secretário de Justiça e Cidadania, Aldo Parzianello, afirmou que autorizou nesta tarde de sexta-feira a remoção de 50 presos condenados da Cadeia de Maringá para a Penitenciária Estadual de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Parzianello aproveitou para lembrar que a construção de um novo presídio na região Noroeste será concluída entre junho e julho de 2006, com 960 vagas.
A rebelião desta sexta começou depois que um dos presos tentou fugir, mas foi impedido. Os outros teriam ficado revoltados por supostos maus-tratos ao colega. Eles pediram para que esse preso que tentou fugir fosse mostrado pois havia o temor de que ele tivesse sido morto. No entanto, mesmo depois de apresentado, a rebelião não terminou.
