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esgotamento carcerário

Presos se rebelam, incendeiam prisão e fogem em massa

Fachada do Instituto Penal Agrícola, em Bauru, atual CCP3 | SAP-Governo de São Paulo/Divulgação
Fachada do Instituto Penal Agrícola, em Bauru, atual CCP3 (Foto: SAP-Governo de São Paulo/Divulgação)

A rebelião no Centro de Progressão Penitenciária (CPP3), antigo o Instituto Penal Agrícola, na cidade de Bauru, interior paulista, resultou na fuga de pelo menos 152 na manhã desta terça-feira (24). O número é da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). O 4.º Batalhão da PM informou ter capturado 90 presidiários.

Os presos do CPP deram início a uma rebelião por volta das 8h30 e atearam fogo em alas do prédio. A unidade abriga quase 1,5 mil detentos do regime semiaberto e a revolta se espalhou pelos três pavilhões. Muitos detentos aproveitaram a confusão para escapar.

A Tropa de Choque da PM entrou no presídio. Viaturas do Corpo de Bombeiros tentavam apagar as chamas ateadas em colchões e pneus. Às 10h30 desta terça, a situação já era tida como controlada.

De acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), o motim teria começado depois que um agente viu um preso usando um telefone celular e tentou apreender o aparelho. Os outros presos da ala se revoltaram.

Segundo a SAP, os presos recapturados foram levados ao Centro de Detenção Provisória de Bauru. A secretaria informou que o Grupo de Intervenção Rápida, formado por agentes de segurança penitenciária, realizou, junto com a Polícia Militar, a contagem dos presos. Ninguém ficou ferido e não houve reféns.

A penitenciária tem capacidade para 1.124 internos, mas abriga 1.427 presos. O local é cercado por alambrados, mas não tem muralhas e segurança armada.

Pânico

Na fuga, os presos roubaram carros de moradores da vizinhança dos presídios, causando pânico. Houve tiros e perseguição com a ajuda de um helicóptero da Polícia Militar.

A prefeitura de Bauru suspendeu o atendimento à população entre meio-dia e 14h desta terça-feira por causa da rebelião. Agências bancárias, o Poupatempo e algumas lojas da região central também fecharam as portas.

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