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Litoral

Presos tentam duas fugas em menos de 72 horas

Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas (Foto: Arquivo Gazeta do Povo)

A falta de água e de espaço na cadeia pública de Paranaguá, no litoral do estado, provocou duas tentativas de rebelião na madrugada de sábado e no início da tarde de segunda-feira (15/10). A superpopulação carcerária obrigou os policiais a cobrir com lona plástica o pátio onde os presos tomam sol para ampliar a capacidade prisional.

Os detentos destruíram paredes e grades, e arrancaram uma porta de ferro que separa o interior do presídio e o corredor onde estão as salas dos delegados da 1.ª Subdivisão Policial (SDP). Os motins foram controlados pelos policiais civis com a ajuda da tropa de choque da Polícia Militar, mas o risco de uma nova rebelião é grande. "O estopim continua aceso lá dentro e vai explodir a qualquer momento", disse um delegado, que preferiu não ser identificado.

Construída na década de 50, a cadeia de Paranaguá abrigava na segunda-feira 206 pessoas – quase 700% a mais do que a capacidade do local, que é de 27 presos. Sem portas nas celas, já destruídas em rebeliões anteriores, os detentos ocupam três alas e os corredores da unidade. Além do pátio coberto com lona, onde estão detidas 16 mulheres, que têm contato direto, através das grades, com os presos do sexo masculino.

Segundo um delegado, com o excesso de presidiários, a sensação térmica no interior da cadeia chega a ser até 10°C superior à temperatura externa. "Sem água para se refrescarem, aquilo lá parece um inferno", disse, lembrando o motivo do primeiro motim.

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