Ao rasgar o plástico, a surpresa: havia gente dentro dos sacos| Foto: Divulgação/Polícia Civil

Dois presos da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) de Curitiba tentaram fugir em meio ao lixo na tarde de ontem. Sidney Neves da Cruz, 24 anos, preso por receptação, e Carlos Eduardo Barbosa Pereira, 18 anos, detido por porte ilegal de arma e roubo, foram descobertos depois que um investigador percebeu que um dos sacos se mexia.

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Em nota divulgada à imprensa, o investigador Cleverson "Mineiro" disse que no início pensou que se tratava de um rato, mas logo percebeu que era um homem e frustrou a tentativa de fuga.

O delegado Gérson Ma­chado deve abrir processo administrativo para investigar como os presos chegaram até o corredor da delegacia, e se eles tiveram ajuda.

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Dois auxiliares de carceragem da DFRV, que fica no bairro Vila Izabel, foram afastados e estão sendo investigados por suspeita de terem facilitado a fuga de três detentos no último sábado.

Segundo a Polícia Civil, parentes de alguns presos informaram que os auxiliares permitiam a entrada de drogas e armas nas celas e organizavam um lugar melhor para os presos dormirem. Tudo em troca de dinheiro.

Os dois devem se apresentar hoje à Divisão de Crimes Contra o Patrimônio para depor. Os homens não são policiais, de acordo com a assessoria da Polícia Civil, mas eram encarregados de cuidar dos presos como se fossem agentes penitenciários. Segundo a polícia, os carcereiros são suspeitos apenas de terem ajudado na ocorrência de sábado e, por enquanto, não são investigados pela tentativa de fuga de ontem.

Superlotação

Nos últimos dias, a delegacia foi cenário de uma fuga, duas tentativas de fuga e dois princípios de rebelião. O local tem capacidade para 32 presos, mas atualmente conta com pelo menos 150 detentos. Além da superlotação, os problemas incluem condições precárias de esgoto, fornecimento de água e eletricidade, conforme relatado pela Ordem dos Advogados do Brasil.

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