Presidente Venceslau Os presos encarcerados nas penitenciárias paulistas estão usando o Código Morse, linguagem de sinais desenvolvida no século 19, para tentar se comunicar com as pessoas do lado de fora. Eles usam camisetas. O tecido se agita em três meias voltas para um lado, três voltas inteiras para o outro e repete o movimento inicial. Tudo para denunciar as precárias condições de habitação dos presídios.
Os detentos da Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, a 620 km de São Paulo, disputam as frestas estreitas que substituíram as grades para se comunicar com o lado de fora. Além dos acenos e sinais, surgem cartazes com rabiscos em protesto contra as condições subumanas da prisão. A P1 de Venceslau é uma das 81 prisões paulistas danificadas por rebeliões desde o fim do ano passado. Com isso, as 144 unidades do sistema prisional paulista perderam cerca de 15 mil vagas. Como os presos não podem ir para a rua, foram transferidos para outras unidades, agravando o excesso de lotação.
