Brasília (AE) O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), informou que o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, vai depor na comissão. O senador foi informado da decisão de Palocci na noite de sábado, por intermédio do vice-líder do PT, Tião Viana (AC). A data do depoimento do ministro, que falará como convidado, será decidida hoje.
A CPI quer ouvir o ministro, entre outras coisas, sobre a denúncia da suposta doação de U$ 3 milhões de Cuba para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, dinheiro que teria engordado o caixa 2 do PT. A CPI quer saber também de Palocci o que ele tem a dizer sobre a suspeita de que bicheiros fizeram repasses de dinheiro para a campanha do candidato Lula.
No início da semana passada, a CPI dos Bingos enviou um comunicado para o gabinete de Palocci, sugerindo que ele definisse sua ida voluntária à comissão. Caso isso demorasse, a CPI colocaria em votação requerimento do senador Geraldo Mesquita (sem partido-AC) determinando a convocação do ministro da Fazenda.
Em dezembro, Palocci havia enviado uma carta à CPI dizendo que estaria à disposição para depor no início deste ano. Na mesma carta, o ministro justificou a recusa ao convite de comparecer a CPI no fim de 2005, sob o argumento de que nos últimos dois meses havia estado duas vezes na Câmara e uma ao Senado
O relator da CPI dos Bingos, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), tem em mãos um dossiê com documentos e materiais sobre um suposto esquema de superfaturamento em obras durante a gestão do ministro Antônio Palocci, que envolvia a complementação salarial de um servidor público por uma empreiteira.
O material, entregue pelo vereador de Ribeirão Nicanor Lopes (PSDB), já é alvo de investigação no Ministério Público Estadual e na Polícia Civil, em Ribeirão Preto, e passou a ser apurado na comissão.
O caso envolve um megaprojeto lançado por Palocci quando ele era prefeito da cidade, em 2001, que incluía a construção de uma ponte, de um terminal urbano, a revitalização do centro e a construção de uma espécie de empreiteira municipal.
Batizado de Vale dos Rios e Fábrica de Equipamentos Sociais, o projeto consumiu cerca de R$ 10 milhões, foi abandonado um ano depois e pequena parte dele saiu do papel, segundo relatório apresentado pelo vereador à CPI. Com o material há uma fita gravada com um ex-diretor da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Ribeirão Preto (Coderp) Augusto Pereira Filho. Ele admite ter recebido parte de seu salário de uma empreiteira contratada na gestão Palocci
De acordo com o depoimento, Pereira Filho recebeu por nove meses cerca de R$ 2.250 mensais da Construtora Vale do Paranapanema (CVP).
O pagamento teria sido negociado pelo então superintendente da Coderp, Juscelino Dourado ex-chefe de gabinete do ministro. Pereira Filho declara que o pagamento era feito em dinheiro. A empresa foi a contratada para tocar o projeto.
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