De cada dez brasileiras contaminadas pelo vírus da aids, apenas uma é prostituta. Mais exposta à contaminação, por causa da frequência sexual e da multiplicidade de parceiros, a chance de uma prostituta contrair o HIV é oito vezes maior, em comparação com a população em geral. Os números demonstram as razões da preocupação de especialistas com campanhas preventivas voltadas para população específica, com linguagem própria e procurando ressaltar a autoestima. Na semana que passou, o Ministério da Saúde suspendeu a campanha que tinha o mote "Sou feliz sendo prostituta". O pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) Alexandre Grangeiro diz temer o impacto da reação do ministério. Ele afirma haver um escasso conhecimento sobre a epidemia de aids entre as profissionais do sexo. O preconceito afasta as prostitutas dos centros de saúde.

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