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 | Fabio Dias /Gazeta do Povo
| Foto: Fabio Dias /Gazeta do Povo

O primeiro dia de greve dos funcionários da Sanepar ligados ao Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento do Paraná (Saemac) não afetou o funcionamento dos setores da empresa, segundo a companhia. Conforme o sindicato, que representa trabalhadores de mais de 200 municípios da metade sul do estado, funcionários responsáveis por manutenção e por leitura de hidrômetro paralisaram as atividades em Cascavel, Curitiba, Foz do Iguaçu, Guaíra e Pato Branco nesta segunda-feira (02). A expectativa é que, a partir de amanhã, a adesão seja maior.

A greve foi iniciada nesta segunda-feira devido à falta de acordo quanto ao reajuste da categoria, cuja data-base é em março. “Os trabalhadores estão com um salário muito defasado hoje e a Sanepar alega que não pode recompor os salários por causa da crise”, conta o presidente do sindicato Gerti José Nunes. Segundo ele, a empresa propôs um reajusta de 11,08%, que equivaleria à inflação, mas a proposta foi rejeitada. “O que mais se aproxima do ideal é fazer um piso de ingresso na Sanepar de 2,5 salários mínimos, ou seja, por volta de R$ 2.200”, diz. Conforme Gerti, o salário praticado hoje é de R$ 1.394.

Nesta terça-feira (03), além de se mobilizar em frente às sedes da empresa em diferentes municípios, os funcionários devem se reunir com representantes da Sanepar para tentar um acordo. Se isso não for possível, a greve deve continuar.

A Sanepar informou por meio de nota que “respeita o direito de manifestação dos seus empregados, desde que cumpridas todas as formalidades legais, inclusive a que prevê a manutenção dos serviços essenciais aos consumidores”.

Outros sindicatos

Além do Saemac, outros cinco sindicatos representam os funcionários da Sanepar em todo o estado. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas empresas de água, esgoto e saneamento de Maringá e região noroeste do Paraná (Sindaen), Vera Lúcia Nogueira, se não houver acordo com relação ao reajuste, existe a possibilidade de greve também no restante do estado, mas não há nada encaminhado ainda. “Nos solidarizamos com a greve da base do Saemac, mas estamos aguardando a agenda com a empresa para continuar as negociações”, diz.

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