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Brasília – O programa Primeiro Emprego, do governo federal, lançado há quase três anos, não alcançou a meta estipulada. Desde julho de 2003, conseguiu empregar 3.936 jovens, quando o plano inicial era 260 mil vagas por ano – o que daria 780 mil jovens empregados em três anos.

O rendimento, de apenas 0,5% do pretendido, levou o governo a deixar de lado a idéia de pagar a empresas R$ 1,5 mil por ano para que contratassem jovens de 16 a 24 anos.

O programa hoje repassa dinheiro para algumas empresas, mas elas tradicionalmente já contratam jovens. Os maiores contratadores são empresas de telemarketing, redes de supermercados e lanchonetes.

A idéia do Primeiro Emprego começou a partir de algumas idéias que – pesquisas comprovam – estavam erradas. Partia do pressuposto de que jovens não conseguem emprego porque não têm experiência e como as contratações são caras, as empresas preferiam investir dinheiro em alguém já com experiência.

Um estudo feito pela economista Priscila Flori, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), antes do lançamento do programa, mostra que jovens conseguem emprego sim, apesar da inexperiência. Só que não ficam empregados. Priscila decompôs a taxa de desemprego dos jovens e descobriu que 80% dos desempregados nessa faixa etária não procuram o primeiro emprego. Já trabalharam antes, mas foram demitidos.

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