O primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales, foi assassinado na manhã desta quarta-feira (22) no Bairro Minaslândia, zona norte de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Segundo a Polícia Militar, ele foi baleado e a motivação do crime ainda é desconhecida. Sérgio estava entre os acusados pelo Ministério Público no caso da morte da modelo Eliza Samúdio, com quem Bruno teve um filho. Ele respondia por homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver.
De acordo com a Polícia Militar, o pai de Sérgio, Carlos Alberto Sales, disse que ele havia saído para trabalhar - como pedreiro -, pouco antes do crime, que ocorreu próximo à casa dele. Sérgio teria avistado dois homens em uma moto e correu até o quintal de uma casa, onde foi atingido por cinco tiros.
Sales ajudou a polícia na reconstituição do crime feita no sítio de Bruno em outubro de 2010. Ele contou detalhes do que teria acontecido no local nos dias anteriores ao desaparecimento de Eliza Samudio. Na ocasião, ele disse que a jovem estava na sala do sítio, com um ferimento no topo da cabeça.
O primo do goleiro havia sido solto em agosto de 2011 por ter contribuído nas investigações. Na época, os desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiram que ele responderia em liberdade pelo processo. Os membros da 4ª Vara Criminal do TJMG argumentaram que o réu não tinha antecedentes criminais e havia cooperado com as investigações. Entenderam também que ele não teria condições financeiras para coagir testemunhas. Sérgio ficou preso na penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves.
Na mesma sessão, os desembargadores negaram recurso dos réus à sentença que determinou que eles sejam submetidos a júri popular e mantiveram a decisão da juíza de Contagem (MG) Marixa Rodrigues, sob o argumento de que os advogados não trouxeram novas informações relevantes ao caso ou que justificassem qualquer decisão em contrário. Os advogados ainda podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar evitar o júri.
Com a decisão da libertação Sérgio, apenas Bruno, seu parceiro Luiz Henrique Romão (mais conhecido como Macarrão) e o ex-policial civil Marcos Aparecido Santos (Bola) aguardariam o julgamento presos.
Bruno, Macarrão e Sérgio vão a júri por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Já o ex-policial será julgado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Os outros cinco réus no processo continuam em liberdade para responder por sequestro e cárcere privado. São eles: Dayanne de Souza, ex-mulher do goleiro; Fernanda Castro, ex-amante de Bruno; Elenílson Vítor da Silva, ex-administrador do sítio em Esmeraldas (MG); e Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, amigo do atleta.
Também em agosto de 2011, a juíza Maria José Starling, suspeita de intermediar uma negociação de venda de habeas corpus para a liberação do ex-goleiro do Flamengo, foi internada após ter ingerido remédios. A juíza foi resgatada em casa, na zona sul de Belo Horizonte, e encaminhada a um hospital particular. Segundo os policiais, eles foram avisados por uma denúncia anônima.
A magistrada era titular da comarca de Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e está suspensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais desde o dia 27 de julho de ano passado, após denúncias feitas pela noiva do goleiro, Ingrid Calheiros, de que ela teria participado de uma negociação de venda de habeas corpus para o atleta, que está preso desde o ano passado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, acusado de envolvimento no desaparecimento e na morte da ex-namorada Eliza Samudio. O plano teria sido desfeito quando pessoas ligadas a Bruno perceberam que não havia garantia de sucesso.
Maria José foi oficialmente afastada por ter dado entrevistas criticando decisões do desembargador Fernando Starling. No entanto, escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça flagraram a relação de intimidade da magistrada com Ingrid Calheiros, noiva de Bruno. Em junho, Ingrid veio a público denunciar que um advogado contratado pela juíza teria cobrado R$ 1,5 milhão para garantir a liberação do ex-atleta. Um contrato de prestação de serviço teria sido assinado para concluir o negócio, mas teria sido cancelado quando o advogado resolveu cobrar o dinheiro antes da libertação do ex-goleiro.
O Ministério Público determinou a investigação do episódio e confirmou a relação de proximidade entre Ingrid e a juíza. Por meio de seu advogado, Maria José sempre negou ligação com Ingrid. No entanto, na gravação de um telefonema da juíza para a noiva de Bruno, a magistrada sugere que Ingrid contrate o advogado de sua confiança, dá outros conselhos e pede uma camisa do ex-goleiro.
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