Trabalhadores participaram no início da tarde sexta-feira (30) do principal ato do Dia Nacional de Mobilização e Paralisação em Curitiba, organizado por centrais sindicais. O movimento, que também e registrado em várias cidades do país, ocorreu em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), no Centro Cívico.
Por causa do ato, o trânsito ficou interditado na Avenida Cândido de Abreu, no cruzamento com a Rua Barão de Antonina, segundo a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). De acordo com a organização do movimento, aproximadamente mil pessoas estiveram reunidas no local. Já a Guarda Municipal estima que o ato contou com a presença de 250 pessoas.
Além de reivindicarem pautas específicas de cada categoria, os trabalhadores protestaram ainda contra reivindicações de âmbito nacional, como redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução salarial, investimento de 10% do PIB em educação, investimento de 10% do orçamento da União na saúde, entre outras causas.
De acordo com sindicalistas, o motivo principal que levou os trabalhadores para as ruas neste dia, no entanto, é o Projeto de Lei 4330/2004, que trata da terceirização e tramita no Congresso Nacional. Os trabalhadores acreditam que uma possível aprovação da proposta poderia trazer prejuízos para a classe trabalhadora.
"Aprovar essa PL é rasgar a CLT. Todos os avanços e esforços que foram conquistados pelos trabalhadores iriam acabar, favorecendo a precarização do trabalho", declarou Nelson Silva de Souza, da Força Sindical.
Em Curitiba, a mobilização acabou por volta das 14h15.
Manhã de protestos em Curitiba
O Dia Nacional de Mobilização e Paralisação movimentou categorias trabalhistas de Curitiba já pela manhã. Os bancários fizeram atos no Centro e atrasaram a abertura de agências, que ocorreu apenas às 11 horas. Os petroleiros promoveram uma manifestação em frente à Refinaria Presidentes Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e bloquearam acessos a empresas que ficam nas proximidades.
Professores e servidores da rede estadual de ensino também protestaram desde cedo. O dia marca os 25 anos do conflito com policiais que ocorreu em um protesto no Centro Cívico da capital em 1988. Além de docentes da cidade, representantes do interior vieram em quase 70 ônibus para participar da manifestação, que começou nesta manhã na Praça Santos Andrade e se deslocou até a Praça Nossa Senhora da Salete, onde eles aguardaram por respostas do governo para melhoras na categoria.