Presos provisórios, detidos na carceragem da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), na Vila Izabel, em Curitiba, iniciaram, na manhã desta terça-feira (31), um princípio de rebelião. O motim, no entanto, foi contido por policiais da própria delegacia, com apoio da Polícia Militar (PM) e da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). A cadeia tem 182 presos, divididos em 16 celas.
Segundo nota divulgada pelo delegado da unidade, Gerson Machado, as grades das celas estavam sendo serradas pelos detentos, mas o plano de fuga foi detectado pelos agentes carcerários. A partir de então, "os presos se rebelaram, fazendo algazarras e bate-grade", de acordo com Machado.
Assim que a rebelião foi contida, as celas foram revistadas e, de acordo com o delegado, foram providenciados os devidos reparos nas grades, como soldas. Os presos agora estão "de castigo" por tempo indeterminado, segundo o delegado, e vão ficar sem visitas, sem alimento complementar, que é enviado por familiares e sem televisão.
Machado também disse que encaminhou vários ofícios à Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), solicitando a transferência de presos, em caráter de urgência. Até a tarde desta terça-feira, ninguém tinha sido transferido.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que todos os presos provisórios, detidos em delegacias, devem ser transferidos para penitenciárias até o fim da gestão do governador Beto Richa, conforme decreto assinado em março desde ano. No entanto, segundo a Sesp, cabe à Secretaria de Justiça liberar vagas nas penitenciárias para a transferência dos presos.
O diretor do departamento penitenciário da Secretaria de Justiça, Maurício Kuehne, pro outro lado, disse que o prazo para a transferência dos presos termina no final de 2014 e que, até lá, é de responsabilidade da Sesp desafogar a lotação das delegacias. "Não é para esse ano nem para o ano que vem e até lá precisamos construir unidades penais. Estamos na dependência da aprovação dos projetos em Brasília", afirmou Kuehne. Segundo o diretor, os projetos já foram encaminhados e, uma vez aprovados, as obras devem levar de um ano a um ano e meio para serem concluídas.
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