30 dos 88 voos programados para o Aeroporto Internacional Afonso Pena até as 18 horas de sexta-feira, 11 de abril, atrasaram mais de 30 minutos. Nas duas últimas semanas, ainda, a Gazeta do Povo recebeu vários relatos de espera tanto para pousar no terminal da capital paranaense quanto para decolar. Em alguns casos, os passageiros chegaram a embarcar na aeronave, mas tiveram de esperar mais de 40 minutos para que o piloto recebesse a autorização para decolar. A Aeronáutica e a Infraero insistem que as panes no radar foram pontuais e terminaram na sexta-feira.
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Duas panes nos radares do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, provocaram o atraso de pousos e decolagens desde o início de abril. Nessas duas ocasiões, o controle de tráfego aéreo foi feito manualmente, sem o auxílio dos equipamentos.
O Centro de Comunicação da Aeronáutica informou, por e-mail, que as panes duraram de 7 a 11 de abril devido à manutenção do sistema mecânico do radar e que o problema acabou ainda na sexta-feira quando 30 dos 88 voos programados até as 18 horas apresentaram atrasos de mais de meia hora, segundo relatório da Infraero. Contudo, um comandante entrevistado ontem pela reportagem da Gazeta do Povo, que preferiu não ser identificado, afirma que o radar ainda não funciona e que a situação permanece caótica.
Diversos passageiros sentiram os atrasos nas semanas anteriores. Um deles é o empresário André Luis Sarot Veiga, 33 anos, que viaja pelo menos duas vezes por semana. Veiga relata que, em diversos voos que pegou, a tripulação foi obrigada a esperar dentro do avião por cerca de 30 minutos. "Na última sexta-feira, em um voo vindo de São Paulo, a aeronave ficou sobrevoando Curitiba por 45 minutos até conseguir permissão para aterrissar", conta o empresário. Ele conversou com dois pilotos de diferentes companhias aéreas comerciais, que desabafaram: a situação está insustentável.
As companhias aéreas comerciais Gol e Azul não quiseram comentar a situação. A TAM disse que está operando normalmente no terminal de Curitiba, sem atrasos superiores a 30 minutos. A Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil afirmou que não estava a par das reclamações. A Infraero preferiu não fazer declarações oficiais, mas frisou que não tem relatos de dificuldades para pousos e decolagens no terminal. Até as 18 horas de ontem, apenas 11 (13,1%) dos 84 voos programados para o dia haviam atrasado em Curitiba.
Segurança
O comandante Jorge Barros, com mais de 33 anos de experiência, explica que problemas nos radares não são desejáveis, mas são comuns em todo o mundo. E ressalta: operar o radar no manual não põe em xeque a segurança dos passageiros, como pode aventar o senso comum. "Perde-se apenas a produtividade. O que é sacrificado é o tempo", garante o comandante.
Barros esclarece que operar manualmente o controle de tráfego aéreo é fazer o controle por meio de conversas com os pilotos. Por meio de coordenadas e de referências passadas por eles, o controlador consegue identificar claramente onde cada aeronave está.
Segundo o comandante, a demora para pousos e decolagens decorre da longa fila que se forma em solo, pois, sem a precisão cirúrgica do radar, os controladores precisam aumentar as distâncias entre as aeronaves em um raio de 60 quilômetros a partir do aeroporto, área onde os aviões se aglutinam e a probabilidade de colisão pode ser maior.
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