Atualizado em 20/10/2006, às 18h47

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Pelo segundo dia consecutivo o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, registra atrasos nos pousos e decolagens dos vôos. Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, por volta das 9h30 o tráfego voltou a ficar lento e os atrasos foram aumentando gradativamente.

O problema, segundo a Infraero, é o mesmo apresentado nesta quinta. Até as 18h30 desta sexta-feira, 96 aviões chegaram ou partiram do aeroporto fora dos seus horários. Antes das 9h30, o movimento era considerado normal e não havia qualquer anormalidade nos sistemas. A média de atraso por volta das 18h era de 40 minutos para cada vôo.

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O Departamento do Controle do Espaço Aéreo (DCEA) confirmou que o problema do dia anterior voltou a acontecer. "Por volta das 17h eu fui informado que os controladores de vôo resolveram suspender o uso dos radares porque o Centro de Processamento de Dados (CPD) não estava funcionando de maneira regular. Sendo assim, voltamos a operar convencionalmente", explicou o assessor de comunicação do DCEA, coronel Paullo Esteves.

Não há previsão de normalização do sistema. "Os melhores técnicos do Brasil estão trabalhando para resolver o transtorno. Há 20 anos operamos com esse sistema e nunca tínhamos tido nenhum tipo de problema. Por enquanto dependemos de identificar melhor o problema", disse Esteves.

Segundo o oficial, tudo está sendo feito para normalizar o funcionamento dos radares. "Isso é um transtorno extraordinário para nós e para os passageiros. Se pudéssemos dar um prazo para a resolução, o faríamos".

A causa do problema

O DCEA confirmou nesta sexta-feira as causas do problema de atraso de vôos desta quinta no Aeroporto Internacional Afonso Pena em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Uma pane dos computadores do CPD do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta 2) prejudicou o sistema de radares do órgão.

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De acordo com o coronel Paullo Esteves, não foi possível manter os radares operando normalmente. "A pane atingiu diretamente o sistema de radares e tivemos que operar tradicionalmente, ou seja, pelo rádio. O CPD do Cindacta ‘trata’ os sinais que vêm das antenas dos radares, filtra e distribui a informação".

O problema foi o causador de atrasos em quase 100 vôos que partiam e chegavam ao Afonso Pena. Os radares da região ficaram fora de operação por aproximadamente duas horas, entre as 9 e as 11h. Foi a segunda vez que a unidade do Cindacta em Curitiba apresenta problemas em 2006..

Tempo de vôo pouso aumentado

O DCEA determinou que o tempo de pouso entre um avião e outro fosse aumentado e chegou a quase 40 minutos. "Diminuímos a velocidade do fluxo de tráfego aéreo e isso provocou o retardo em alguns vôos. Ações como essa acabam provocando comoção nos passageiros que perderão compromissos, etc. Mas o importante é preservar a segurança de todos os passageiros. Lamentavelmente, falhas como esta acontecem", explicou o coronel Esteves.

A assessoria de imprensa do Cindacta 2 protelou uma posição oficial durante toda a quinta-feira. Nesta sexta, a reportagem da Gazeta do Povo Online tentou novo contato com a comunicação do órgão, mas os oficiais de plantão ainda desconhecem uma posição oficial sobre o ocorrido.

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Caso semelhante

No dia 4 de abril um problema semelhante aconteceu no Cindacta 2. Uma pane eletrônica na central de telecomunicação do órgão atrasou pousos e decolagens nos aeroportos dos três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e até em São Paulo. Aquela teria sido a primeira vez que uma das quatro centrais de todo o Brasil apresentou problemas.