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Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006 | Pedro Serápio - Arquivo GP
Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006| Foto: Pedro Serápio - Arquivo GP

Brasília – Falando por meio de um vídeo para uma platéia de cerca de cem pessoas, a grande maioria de sargentos da Aeronáutica, o presidente da Associação Brasileira dos Controladores do Tráfego Aéreo (ABCTA), Welington Rodrigues, um dos 14 afastados do monitoramento de aviões civis por liderar o movimento do dia 30 de março, rechaçou acusações que a categoria é formada por "sabotadores" ou "maçãs podres".

Welington afirmou ainda, que o clima de trabalho no Cindacta-1 "é doentio" e que o governo "está jogando fora todos os procedimentos de segurança", advertindo que isso poderá ter como conseqüência um grave acidente, a exemplo do que houve na França, em 1973, exatamente quando os controladores da defesa aérea assumiram o tráfego aéreo comercial.

Em seu pronunciamento, Welington, que foi transferido para a Defesa Aérea junto com outros 13 sargentos, por ser uma das "lideranças negativas", como diz o comando da Aeronáutica, disse que a forma como eles foram retirados do trabalho "agravou o quadro emocional" no Cindacta-1, em Brasília, e que todos estão fortemente abalados.

Ação

A deputada Luciana Genro (PSol-RS) anunciou que seu partido vai entrar com uma ação no Ministério Público Militar contestando as prisões e punições decretadas pelo comandante da Aeronáutica, Junito Saito.

Ela insistiu ainda na denúncia de que os sargentos da defesa aérea que estão trabalhando no controle do tráfego de aviões comerciais não são habilitados para a função por não terem feito curso de 120 horas para este tipo de operação.

Disse ainda que, na CPI do Apagão, vai exigir que a Aeronáutica comprove a habilitação desse pessoal.

Desde ontem começaram a operar novos corredores aéreos ligando São Paulo ao Nordeste e vice-versa. Eles devem ser usados principalmente por aviões comerciais, para reduzir o congestionamento que existe atualmente entre as duas regiões.

Ontem, procuradores do trabalho do Distrito Federal visitaram o Cindacta-1 e detectaram que a Aeronáutica usa equipamentos de guerra no controle aéreo. Segundo os procuradores, a rotina dos controladores parece estar normal.

Relatório divulgado pela Infraero ontem informou que 6,1% dos 1.483 vôos programados (6,1% do total) sofreram atrasos de mais de uma hora no período das 0h às 19h30. Outros 69 (4,6%) foram cancelados ao longo do período e 13 (0,8%) permaneciam com atrasos às 19h30.

O dia foi considerado tranqüilo nos principais aeroportos do país.

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