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As procissões de ida e de retorno têm origem numa misteriosa tradição dos parnanguaras. Foram várias as tentativas de levar a imagem de Nossa Senhora do Rocio para a Igreja da Vila de Paranaguá, a Igreja da Matriz. A intenção dos fiéis era de colocá-la num local de maior destaque. Misteriosamente a imagem desaparecia e muitas pessoas a viam retornando de madrugada como uma pequena luz para o local de devoção original – às margens da Baía de Paranaguá onde foi encontrada e permanece até hoje, no Santuário Estadual do Rocio.

A devoção à Nossa Senhora do Rocio é antiga e tem origem na lenda do Pai Berê, um pescador do século XVII, que estava cansado de lançar sua rede ao mar e não apanhar peixes. Desanimado ele suplicou aos céus e ao lançar novamente sua rede encontrou a pequena imagem de Nossa Senhora. Conta a lenda que a partir daquele dia os pescadores não passaram mais por privações e a pescaria tornou-se abundante para todos. Pai Berê e outros pescadores passaram a se reunir e a rezar para agradecer as bençãos concedidas pela intercessão da "santinha". (TD)

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