O procurador da República em Londrina, João Akira Omoto, também afirma que o projeto da Usina de Mauá tem uma série de deficiências e que o processo de licenciamento tem problemas legais. Segundo ele, o Ministério Público Federal (MPF) vai entrar na Justiça caso o IAP conceda a licença ambiental prévia antes que as deficiências do projeto sejam sanadas. O EIA-Rima foi apresentado pela CNEC ao IAP no início deste ano. Assim, abriu-se o processo de licenciamento. Nos últimos dias 5 e 6, foram realizadas audiências públicas, para discutir o projeto, em Ortigueira e Telêmaco Borba.
Omoto afirma que já há um entendimento jurídico de que, antes que uma usina seja construída, é preciso que haja um estudo completo da bacia hidrográfica. No caso do Tibagi, ainda não existe este estudo. E a inexistência dele torna-se mais grave se for considerado que, além de Mauá, há projetos para a construção de outras seis usinas ao longo do rio (duas delas já em processo de licenciamento, as centrais de Telêmaco, acima de Mauá, e de São Jerônimo, rio abaixo). Segundo Omoto, a construção de uma usina isolada não pode ser autorizada sem que se considere os impactos sobre a bacia dentro do conjunto de usinas que se pretende construir.
O procurador ainda afirma que a Portaria 120 do IAP, editada no ano passado, determinou que estavam suspensos todos os processos de licenciamento de hidrelétricas no Paraná até que seja concluído o Zoneamento Ecológico-Econômico do estado (que ainda não está pronto). Mas a Portaria 070 deste ano, liberou o projeto de Mauá da suspensão diante do "relevante interesse nacional". Para Omoto, essa justificativa é falha.
O coordenador institucional da Liga Ambiental, Tom Grando, aponta outros problemas. Segundo ele, o processo teria ferido a Lei do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, que prevê que a localização de uma possível hidrelétrica em qualquer rio deve ser determinada pelo Comitê de Bacia da região o que não aconteceu no caso do Tibagi.
A Constituição do Paraná, que determina que o estado deveria priorizar as pequenas centrais hidrelétricas, também estaria sendo desrespeitada, pois a usina do Tibagi é considerada média. Além disso, uma comissão de deputados estaduais também deveria, por lei, estar acompanhando o processo. (FM)
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião