Dois procuradores federais que auditam contratos da Universidade Federal do Paraná (UFPR) haviam apontado indícios de irregularidades no projeto conhecido como BR-262/MS e em seus aditivos. Ambos emitiram pareceres contrários à efetivação do aditamento, mas as observações foram ignoradas pela UFPR, que aprovou a destinação de mais dinheiro ao projeto. O então procurador-chefe da Procuradoria Federal na UFPR, Marcos Augusto Maliska, observou a necessidade de haver mais transparência no processo, principalmente no que diz respeito aos planos de trabalho e a seleções para concessões de bolsas. Ele destacou ainda as altas cifras do aditivo – “da ordem de mais de 50% do valor inicialmente acordado” – e as consequências que isso traria à universidade.
“O termo aditivo não está em condições de ser assinado, devendo ser ouvidas previamente as unidades Departamental e Setorial envolvidas, de modo que se tenha claro os compromissos que a UFPR possui com o Dnit, quais já foram cumpridos e quais ainda estão pendentes de cumprimento”, assinalou Maliska, no despacho 308/2013. Já a procuradora federal Jussara Maria Leal Meirelles apontou que já haviam sido levantadas irregularidades no termo de cooperação entre o Dnit e a UFPR. Apesar das ressalvas sobre a legalidade do aditamento, diz a procuradora, a universidade continuou a dar andamento ao processo.