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O Ministério Público do Ceará pediu à Justiça Federal que o direito de ver a redação do Enem e pedir revisão da nota seja estendido a candidatos de todo o país.

O pedido foi feito pelo procurador da República Oscar Costa Filho, o mesmo que pediu a anulação do exame no ano passado e que ingressou com diversos pedidos sobre o tema. O Minis­tério da Educação informou na tarde de ontem que 71 alunos de todo o país, até agora, obtiveram na Justiça o direito ao acesso à redação corrigida. Dentre eles estão 12 estudantes cearenses.

Segundo o procurador Oscar Costa Filho, a extensão das liminares a todos os candidatos é a "única via idônea" para preservar o direito dos outros estudantes. Segundo o Ministério Pú­­blico, se o pedido for aceito, os candidatos poderão pedir uma nova correção da redação com a garantia de que a nota não será reduzida.

De acordo com o MEC, a quantidade de pessoas que tiveram acesso à prova corrigida até agora é o total de alunos que entraram na Justiça.

O governo afirma que recorreu em um único caso, pois já havia revertido a nota do aluno Michael de Oliveira, de 17 anos. Nos outros casos, não houve recursos e o pedido de vista da prova foi concedido.

Do total de alunos que tiveram acesso à redação corrigida do Enem, 27 também obtiveram o direito a uma nova avaliação da prova. Em todos os casos, no entanto, a nota divulgada inicialmente foi mantida.

Haddad diz que pode haver só uma edição

O ministro da Educação Fer­nan­do Haddad reconheceu ontem que pode não haver as duas edições do Enem previstas em portaria de maio deste ano do Inep, órgão da pasta responsável pelo exame. No primeiro semestre, o Enem seria em abril, mas isso agora é discutido com o consórcio que aplica as provas. "Essa decisão precisa ser tomada ainda em janeiro, início de fevereiro no máximo", disse Haddad, que deixa a pasta em janeiro para tentar a Prefeitura de São Paulo.

Questionado sobre os entraves, apontou a pressão sobre os parceiros que fazem a prova. "É dobrar o esforço para realizar uma prova de 5 milhões de pessoas. Nunca é um problema orçamentário."

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