Depois da febre aftosa e da gripe aviária, a preocupação da vez no meio rural brasileiro é com o mel. Os exportadores do produto vivem a expectativa de um embargo pela União Européia, que pode ser anunciado oficialmente na próxima semana. "Foi um descaso do Ministério da Agricultura", lamenta o apicultor maringaense Carlos Alberto Domingues, proprietário da Supermel e exportador. "O nosso mel não tem problema."
No Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Brasília, a assessoria diz que informações devem ser obtidas com a superintendência federal em Curitiba que, por sua vez, afirma não ter posição oficial.
A crise no setor pode acontecer devido à falta de rastreabilidade do produto. Domingues lembra que uma comissão européia esteve no Brasil em 2003 para avaliar a produção de mel e deu um prazo para adequação dos procedimentos. A comissão voltou em novembro do ano passado e nada havia sido feito. O problema é a presença de resíduos biológicos no mel, pela utilização de antibióticos nas colméias. Procedimento que não é adotado na produção brasileira, segundo Carlos Alberto.
Um texto publicado no site www.brasil.gov.br no início deste mês aponta que o Mapa está implantando o Programa Nacional de Controle de Resíduos Biológicos (PNCR) ainda este ano "para dar garantias de controle do monitoramento dos resíduos e contaminantes dos produtos..."
A Supermel intensificou o trabalho de carregamento de mel para o porto de Paranaguá tentando embarcar o máximo possível do produto para atender seus contratos internacionais antes de um provável embargo. A previsão da empresa é de exportar 2 mil toneladas de mel para a Europa este ano, das quais 80% vão para a Alemanha. A indústria maringaense exportou 1,6 mil toneladas no ano passado e estima um faturamento anual de US$ 3,5 milhões.
Os funcionários estão trabalhando aos sábados e domingos, além de carregar os tambores e os contêineres até às 23 horas durante a semana. Saem em média dois caminhões diariamente de Maringá para Paranaguá, quando o movimento normal é de quatro caminhões por semana. Cada contêiner é carregado com 20,1 toneladas de mel em 72 tambores com 280 quilos cada.
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