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Rio de Janeiro - O Rio contabiliza os prejuízos à imagem da cidade após a invasão de traficantes armados ao Hotel Intercontinental, um dos mais luxuosos da orla de São Conrado, na zona sul carioca, na manhã de sábado passado. A primeira possível baixa foi a escolha da cidade como locação do filme Ama­nhecer, continuação da saga Crepúsculo. Ontem, integrantes da Rio Film Commission tentavam junto à produtora norte-americana Summit reverter o receio em gravar na cidade. Na fita, o casal protagonista passaria a lua de mel no Rio.

"É sempre muito ruim, mas temos que pensar em soluções estruturantes e estamos no caminho certo. O trabalho junto aos produtores é de convencimento. É mais fácil explicar a cidade hoje do que há alguns anos", afirmou a secretária municipal de Cultura, Ana Luíza Lima.

Ela lembrou que, no ano que vem, a cidade sediará os Jogos Mundiais Militares, a Confe­rência das Nações Unidas Sobre Desen­volvimento Sustentável (Rio + 20) e, depois, a Copa do Mundo de 2014. "O tempo é um grande desafio, mas estamos preparados. Além da atuação nos territórios já ocupados pela Unidade de Polícia Pacificadora (UPPs), também trabalhamos nas favelas ainda não ocupadas com o projeto Territórios de Paz, como acontece na Rocinha", ressaltou Ana.

Palco da invasão na qual 35 hóspedes ficaram reféns, o Hotel Intercontinental afirmou oficialmente que já está de volta "a sua rotina operacional normal". No entanto, ontem, o hotel recebeu a visita do diretor da América Latina do Intercontinental Hotels Group, que veio ver pessoalmente o que ocorreu na unidade carioca, cujos quartos já hospedaram astros como os músicos da banda Rolling Stones. O executivo – cujo nome não foi divulgado – teve um encontro com o vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.

Os policiais da 15.ª Delegacia de Polícia da Gávea começaram ontem a analisar as imagens das câmeras dos condomínios próximos para identificar os demais traficantes da Rocinha que participaram do tiroteio. Os dez homens presos foram transferidos para a Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. "Transfe­rimos porque não queremos eles aqui e para que sirvam de exemplo", disse o secretário de Segu­rança Pública do Rio, José Mariano Beltrame.

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