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A linha férrea de Cambé, Norte do Paraná, foi tomada nesta quarta-feira pela manhã por produtores rurais. A cidade é um dos três focos do protesto que acontece também em Maringá, Marialva e outros estados. O grupo chegou por volta das 7 horas e, à tarde, já somava cerca de 200 pessoas. Setenta máquinas agrícolas foram colocadas sobre os trilhos para impedir o movimento dos trens. Ao notar a aproximação de uma composição (90 vagões), pouco depois das 14 horas, alguns agricultores se deitaram na linha do trem. Policiais militares observaram a manifestação, mas sem interferir.

O protesto acontece em razão do preço baixo obtido para a venda de grãos. Os agricultores alegam que a receita da venda não é suficiente para cobrir as despesas com o custeio da produção. A saca de soja (60 quilos), por exemplo, que custa R$ 22 para ser produzida, é vendida a R$ 23, argumentam. "O nosso problema não é somente as dívidas. Prorrogar a dívida nessa situação é dar mais corda para se enforcar lá na frente. Queremos que a comercialização tenha um preço mínimo", afirmou o produtor de soja e trigo Edenilson Larini.

Em Marialva mais de 100 produtores estão mobilizados desde segunda-feira – 60 máquinas fecham a linha do trem. Em Maringá são quase 300 pessoas de 20 municípios que bloquearam o fluxo de uma composição de 75 vagões. Os agricultores permanecem próximo aos trilhos também à noite, em vigília.

A América Latina Logística (ALL) obteve na Justiça decisões liminares de reintegração de posse para Marialva e Maringá, mas os produtores garantem que só sairão quando houver uma sinalização positiva do governo. Em Cambé foi feito pedido na Justiça nesta quarta-feira pela manhã.

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