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Um professor da rede estadual da Bahia foi afastado depois de supostamente ter incentivado alunos do 6º ano, com idades entre 11 e 13 anos, a beijarem colegas do mesmo sexo e do sexo oposto em uma escola de Salvador. Segundo os sites B News e G1, o docente teria oferecido pontos extras na nota e até dinheiro para que os estudantes participassem do ato. O caso será investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público da Bahia.
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Em uma nota divulgada pelo Colégio Estadual Heitor Villa Lobos nas redes sociais, a direção não explicou o que de fato ocorreu na aula de Artes, mas confirmou o afastamento do professor, disse que repudiava o ato - sem mencionar qual foi -, salientou que os alunos foram ouvidos na presença dos pais e confirmou que pediu aos estudantes que filmaram a atitude do professor que apagassem os vídeos.
“Solicitei ao [sic] alunos que apagassem os vídeos, porém antes, fiz o envio para um aparelho de celular meu, de dois com conteúdo claro do ocorrido, os quais já foram enviados a SEC para serem anexos a sindicância. [...] Ressalto que ao deletar os vídeos dos aparelhos dos alunos, visei a preservação da imagem dos menores, o que tem previsão tanto na Constituição Federal de 1988 (CF/88) quanto na Lei Federal nº 8.069 de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), sendo direito fundamental dos menores envolvidos e meu, que tenho dever enquanto gestora. Inclusive tenho registrado em ata agradecimento de pais que entenderam a minha ação visando a proteção da imagem dos alunos. Seria impossível se houvesse o vazamento dos videos, além da exposição dos menores serviria apenas para dar IBOPE a mídias sensacionalistas. [...] Como dito aos resposáveis [sic] e declarado a [sic] SEC, tenho em meu poder dois vídeos que comprovam o ocorrido e que poderão ser disponibilizados para o Ministério Publico ou Delegacia do Menor”, disse a direção na nota.
A Secretaria Estadual de Educação da Bahia afirmou que abriu procedimento administrativo para apurar o caso. Pais de alunos também registraram boletim de ocorrência contra o professor na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca). O caso também foi denunciado ao Ministério Público da Bahia.
Ao G1, o MP informou que o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) teve conhecimento do caso nesta terça-feira (23) e que tomará as medidas cabíveis. Já a Polícia Civil disse ao portal que investiga o caso, mas não divulgará detalhes por envolver crianças e adolescentes.