Foi preso em Curitiba, por volta das 7h30 desta quarta-feira (18), o professor de informática, de 50 anos, acusado de abusar sexualmente de 15 alunas com idades entre 10 e 13 anos. Os abusos aconteciam durante as aulas em uma escola municipal no bairro Abranches. Ramiro foi preso no Capão da Imbuia, enquanto se dirigia ao trabalho no Núcleo de Educação da região.
O caso vinha sendo investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) desde agosto e, de acordo com a delegada responsável pelo caso, Sabrina Barreiros Alexandrino, o professor abusava das alunas quando se aproximava para dar alguma explicação ou tirar dúvidas durante as aulas de informática. "Ele aproveitava então para passar a mão em partes íntimas das vítimas, por cima e por dentro da roupa, além de beijar o pescoço e pronunciar palavras obscenas no ouvido delas", relatou a delegada. Segundo Sabrina, como os atos aconteciam em sala de aula, outros alunos presenciaram a cena e confirmaram os abusos.
A primeira denúncia contra o professor foi feita por alunos para a direção da escola, que comunicou imediatamente o caso ao Nucria. A delegada afirma que os abusos vinham ocorrendo desde o início do ano letivo, mas que só foram delatados em agosto. O núcleo, então, entrou com um pedido de prisão preventiva do suspeito em setembro, quando 12 vítimas já haviam se apresentado à polícia. O pedido foi negado pela Justiça, que deferiu medidas cautelares como afastamento das vítimas e do local de trabalho e expediu um mandado de busca e apreensão na casa do suspeito.
A partir do material recolhido, o laudo da perícia apontou que o professor possuía vários arquivos com fotos de pornografia infantil, o que motivou um novo pedido de prisão preventiva, desta vez convertido em mandado, cumprido nesta quarta-feira. Ele deverá responder pelos crimes de estupro de vulnerável e armazenamento de material pornográfico, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo a delegada responsável, é provável que outras crianças e adolescentes tenham sido vítimas do professor, que leciona há cinco anos e para várias turmas no mesmo período letivo. "Um crime como esse chama a atenção porque é um professor com comportamento de pedofilia. É contraditório com a figura que um educador desempenha, de proteção."
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