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As falas inadequadas foram gravadas por alunos na última segunda-feira (11), e a Diretoria Regional de Ensino retirou o professor de suas funções
As falas inadequadas foram gravadas por alunos na última segunda-feira (11), e a Diretoria Regional de Ensino retirou o professor de suas funções| Foto:

Um professor do 8º ano do Ensino Fundamental foi denunciado por pais e alunos de uma escola no interior de São Paulo por expor sua vida pessoal como travesti em sala de aula para alunos de aproximadamente 12 anos. As falas foram gravadas por estudantes na última segunda-feira (11) e divulgadas pelo jornal local AssisCity. Após a denúncia, o professor foi afastado de suas funções.

Na gravação realizada durante a aula, o educador questiona se seus alunos “têm algum problema com travesti”, porque, se tiverem, “a gente resolve na gilete”, diz. O professor relata ainda que atua como “Fabiola” para ganhar dinheiro aos finais de semana e cita detalhes de sua atuação.

“A travesti Fabiola é montada no salto, na saia justa, no peitinho postiço, cabelão e na maquiagem”, diz, ao perceber inquietação de alguns estudantes. “Não fiquem chocados. Você nunca teve um professor que é travesti a noite? Tenho certeza que não, mas eu sou uma caixinha de surpresas”, continua.

Em sua fala, diz ainda que o salário recebido como professor é baixo e que essa foi a maneira que escolheu para aumentar sua renda. Inclusive, afirma que “Fabiola” prefere “ser ativa do que ser passiva”, e que o cliente que prefere sua passividade “precisa pagar mais”. Na gravação, o professor explica aos estudantes o que isso significa.

O professor foi afastado e não retornará para sala de aula

Após a denúncia, a Diretoria Regional de Ensino do município de Assis se reuniu para tratar do caso. De acordo com a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), uma comissão preliminar foi instalada e decidiu afastar o professor do exercício de suas funções.

Segundo a pasta, não há prazo para término desse período de afastamento, mas já está definido que o professor não voltará a atuar em sala de aula, trabalhando em funções administrativas quando retornar.

Ainda de acordo com a Seduc-SP, uma roda de conversa foi realizada na quarta-feira (13) com os alunos envolvidos na situação a fim de discutir o ocorrido. “Um psicólogo do programa Psicólogos na Escola também acompanha a unidade para intensificar estratégias de mediação de conflitos com foco na cultura da paz e respeito ao próximo”, informou a pasta, em nota.

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