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Professor que citou prêmio “pela cabeça” de ministros do STF é preso em SC

PF realiza nova operação contra desvios relacionados ao coronavírus. (Foto: Aniele Nascimento / Arquivo / Gazeta do Povo)

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Um professor do município de Otacílio Costa, região serrana de Santa Catarina, foi preso neste domingo (5) após afirmar, durante live, que um empresário estaria oferecendo dinheiro "pela cabeça" dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação da prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

"Pode me torturar, mas tem um empresário grande aí que tá oferecendo, tem até uma grana federal, que vai sair o valor pela cabeça do [ministro] Alexandre de Moraes. Vivo ou morto. O Brasil demorou, mas aconteceu. Agora, no Brasil, vai ser assim. Vai ter prêmio pela cabeça deles", afirmou o professor Márcio Giovani Nique, conhecido como "professor Marcinho", durante live realizada na rede social Tik Tok.

Ele ainda afirma, durante a transmissão ao vivo, fazer parte de um grupamento no Brasil que vai "caçar ministro em qualquer lugar que eles estejam". "Portugal, Espanha, China, onde eles estiverem", disse.

Procurado, o advogado Silvano Willian Antunes, que representa Márcio Nique, disse que o professor será investigado no âmbito do inquérito que apura atos criminosos e antidemocráticos no 7 de setembro. Segundo ele, na decisão, Moraes afirma que o professor "estaria supostamente convocando a população para prática de atos criminosos e violentos". Simpatizantes e opositores do chefe do Executivo planejam protestos em vários lugares do país no feriado da independência.

"Meu cliente pode ter se excedido, mas qual o motivo para se decretar a prisão de alguém sem antecedentes criminais, em uma cidade de 18 mil habitantes? É difícil dizer qual é o real perigo que essa pessoa está causando", disse o advogado à Gazeta do Povo.

O professor está sob custódia preventiva no presídio regional de Lages, em Santa Catarina, e participará de uma audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (6). "Não tem motivo para prisão preventiva", disse Antunes.

Procurada pela reportagem, a Polícia Federal de Santa Catarina não respondeu aos questionamentos até a publicação deste conteúdo.

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