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A delegada Lucy Fernandes, do 3º Distrito Policial de São Caetano do Sul, na região do ABC, vai procurar nesta segunda-feira a direção da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, onde na última quinta-feira o aluno David Mota Nogueira, de 10 anos, atirou contra a professora Rosileide Queirós de Oliveira e, em seguida, se matou com um um tiro na cabeça. Lucy quer ouvir alguns alunos, colegas do garoto. Ainda tentando explicações para o ocorrido, a delegada deve ouvir também hoje pela manhã a profesora, que continua internada no Hospital das Clínicas em estado estável.

"Vamos procurar ouvir o máximo de pessoas para entender o que aconteceu", disse a delegada.

Um dos amigos de David na escola, segundo a delegada Lucy, teria contado a uma das professoras que ouviu o garoto dizer que mataria a professora. A delegada vai falar hoje com a direção da escola para fazer contato com os pais desse garoto e pedir autorização para ouvi-lo.

"Esse garoto pode contar o que o David disse e se ele falou alguma coisa sobre a motivação de atirar contra a professora", disse Lucy.

Antes de procurar a família do garoto, no entanto, ela quer ouvir a professora Rosileide. "Logo de manhã vou entrar em contato com o hospital. Se ela puder falar, vou ouvi-la ainda de manhã", disse Lucy Fernandes, que já a havia procurado no Hospital das Clínicas na última sexta-feira, mas ela não tinha condições de depor.

A professora, de 38 anos, levou um tiro na região posterior do lado esquerdo, altura do quadril e sofreu uma fratura na patela direita. Ela não correu risco de morrer. O tiro foi disparado pelo garoto, aluno do 4º ano C, com um revólver calibre 38. Por volta de 15h50 de quinta-feira ele atirou contra a professora do lado de fora da sala de aula, já que tinha saído para tomar água. Estavam na sala no momento 25 alunos.

Depois do disparo com o revólver do pai, que é da Guarda Civil em São Caetano, David se retirou e disparou contra a própria cabeça. Ambos foram socorridos com vida. O menino foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, em São Caetano, teve duas paradas cardíacas e morreu às 16h50. A delegada do 3º DP considera o caso muito difícil.

"É muito difícil. Já me passou tanta coisa pela cabeça, mas não consigo achar os motivos para essa atitude do menino. Quem sabe ouvindo esse amiguinho dele tenho alguma informação esclarecedora", disse Lucy Fernandes.

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