• Carregando...

Um homem com esquizofrenia matou a própria mãe a facadas por volta das 20 horas desta segunda-feira (10) em Matinhos, no Litoral do Paraná. Jussara Rezende Araújo, 58 anos, era professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no campus Litoral e tentava medicar o filho quando foi ferida por pelo menos duas facadas.

O velório será sendo realizado no Centro Cultural da UFPR Litoral.

O autor do crime, filho da vítima, foi identificado como Matheus Araújo Bertone, 29 anos. Ele está preso após confessar ter matado a mãe alegando que cometeu o crime "para se defender". A residência dos dois, onde aconteceu o crime, fica na Avenida Guarapuava, a poucas quadras do campus da UFPR Litoral, onde Jussara trabalhava.

O delegado responsável pela Operação Verão 2013/2014, Alcimar Garret, conta que a princípio Matheus estava em meio a uma crise quando aconteceu o crime. "Ele tem um histórico de esquizofrenia e ficou quatro meses sem ir às sessões e sem tomar remédios. Ele então acabou entrando em crise e em luta corporal com a mãe, quando desferiu os golpes de faca."

Segundo Garret, pelas informações levantadas até o momento, apenas mãe e filho estavam em casa na hora em que aconteceu o crime.

O currículo Lattes da professora, atualizado pela última vez no mesmo dia de sua morte, aponta que ela ocupava, entre outras funções, a de coordenadora do Curso de Licenciatura em Artes da UFPR Litoral.

Matheus está preso em uma sala isolada da Delegacia de Matinhos e aparentemente tranquilo, segundo o delegado. Após uma avaliação médica, o mais provável, conforme Garret, é que seja solicitada a transferência dele ao Complexo Médico Penal, para tratamento psiquiátrico.

UFPR lamenta morte de professora

Ana Elisa Freitas, vice-coordenadora do curso de Licenciatura em Artes lamentou, em nota, a morte da professora. "Jussara foi pessoa que marcou nossa comunidade argumentativa acadêmica na UFPR Litoral pela postura ética, crítica, pública. Seu pensamento complexo contribuiu de forma única e insubstituível para a tecitura de novas leituras de realidade, não raro mal compreendidas, na abordagem dos fenômenos da vida social."

Em uma breve passagem pelos fatos marcantes da carreira de Jussara, Ana destaca "a atuação [de Jussara] como repórter e jornalista no período 1973-89, quando entrevistou personalidades históricas e sociais, editou e colaborou na edição de revistas e jornais da chamada imprensa nanica". O documento cita ainda "a militância política em partidos de oposição ao regime militar e a perseguição por lideranças expressivas da história política paranaense e brasileira."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]