Foi enterrada em Bocaiúva do Sul, região metropolitana de Curitiba, por volta das 17h15 desta sexta-feira (12), a professora Sílvia Regin da Silva, assassinada na manhã de quinta-feira (11) no pátio da Escola Municipal Antônio Prado, em Almirante Tamandaré.
Para o enterro, a Prefeitura de Almirante Tamandaré cedeu um ônibus, que levou parte das pessoas presentes ao Cemitério Municipal de Bocaiúva do Sul, distante cerca de 30 km do local do velório. O velório comoveu Almirante Tamandaré, com mais de 300 pessoas passando pelo local, uma igreja evangélica que Sílvia freqüentava e até tocava música nos cultos. O grande movimento de pessoas acabou por atrasar em cerca de duas horas a programação do enterro, a princípio marcado para as 15 h.
Apontado por Carlos Mastronardi, delegado de Almirante Tamandaré, como o principal suspeito, Daniel Ângelo da Silva, ex-marido da professora, apareceu brevemente no velório, segundo parentes dele, entrando pelo porão da igreja e saindo rapidamente. Não há nenhum mandado de prisão contra Daniel, que não era visto desde quando foi flagrado pelas câmeras da RPC-TV entrando e saindo do local de crime sem falar com ninguém. Ele não compareceu no depoimento que havia sido marcado na tarde de quinta-feira (11).
Crime comove Almirante Tamandaré
Por volta das 11h30 de quinta-feira (11), uma moto com dois homens parou na frente da Escola Municipal Antônio Prado, em Almirante Tamandaré. Segundo testemunhas, um deles, de capacete amarelo, entrou na escola e chegou a beber água no bebedouro. No pátio, ele atirou na professora Sílvia Regin da Silva sob os olhares dos alunos, todos entre nove e dez anos de idade. Ela morreu no local. O laudo preliminar da criminalística apontou que o corpo da professora teve nove perfurações de bala.
O principal suspeito do crime, Daniel Ângelo da Silva, não tem mandado de prisão emitido pela polícia. Mesmo depois do delegado Carlos Mastronardi, da delegacia da cidade, ter afirmado que Daniel Ângelo não aceitava separação de Sílvia, o que motivaria o crime. "Algumas informações colhidas apontam que o casal teve uma separação bastante conturbada", afirmou Mastronardi à Agência Estadual de Notícias. O ex-marido esteve na escola após o assassinato, e chegou a ser flagrado pela reportagem da RPC TV , mas saiu rapidamente sem falar com ninguém. Chamado para depoimento na tarde de quinta-feira (11), não compareceu.
Segundo o superintendente da Polícia Civil Marco Aurélio Furtado, o suspeito teria dito que se apresentaria nesta tarde. No entanto, outra vez, não compareceu. O policial diz aguardar o comparecimento do ex-marido na delegacia na segunda-feira (15).