Londrina - A professora suspeita de ser a mandante da morte da estudante Amanda Rossi, assassinada há um ano e meio na Universidade Norte do Paraná (Unopar), prestou depoimento ontem no Tribunal do Júri de Londrina, após não comparecer à primeira audiência, dia 20. O nome da professora foi confirmado no depoimento de Dayane de Azevedo, 24 anos, que é a acusada de assassinar Amanda junto com Luiz Vieira da Rocha, 34, e Alan Henrique, 29. Os três réus, mais um segurança que trabalhou de porteiro em uma festa onde o trio estaria no momento do assassinato, também prestaram depoimento à Justiça ontem.
Segundo a promotora de Justiça que cuida do caso, Suzana Feitosa de Lacerda, Dayane não teria tido contato pessoal com a professora. Entretanto, os outros dois acusados teriam mencionado que a conheciam. Ainda de acordo com a promotora, Dayane teria apontado no depoimento o motivo do crime: o possível fim de um relacionamento entre Amanda e a professora. "A professora não estaria satisfeita com essa situação", ressalta a promotora.
Mesmo sem divulgar maiores detalhes, Suzana ressaltou que as declarações de Dayane são válidas. "Para avaliar a veracidade do depoimento, foram levadas em conta provas testemunhais e provas periciais", argumenta a promotora de Justiça.
O advogado da professora, Luciano Bignatti Niero, nega qualquer envolvimento de sua cliente com o crime. "Se houver alguma acusação contra ela é leviandade", ressalta. Para Niero, não há provas que relacionem a professora ao assassinato. "Tudo está baseado em um ouvi dizer. Inclusive os três acusados afirmaram que nunca tiveram contato com a professora. Como você acusa uma pessoa em cima de algo que ouviu dizer?", questiona o advogado.
Sanidade Mental
Um exame de sanidade mental de Dayane foi solicitado pela Justiça. O advogado de defesa de Dayane, Jefferson Dias Santos, disse que o exame deve ser entregue à juíza até amanhã. Mesmo com a solicitação do exame, Santos considerou que sua cliente apresentou a versão verdadeira para o crime. "Mesmo com o pedido de sanidade mental, considero que a Dayane apresentou firmeza e convicção de como aconteceu o crime. Ela somente estava no momento errado e com as pessoas erradas", avalia.
O advogado que defende Alan Henrique, Laércio dos Santos Luz, afirma que a história está sendo inventada por Dayane. A prova disso, afirma, seriam contradições apresentadas no depoimento. "Ela disse na reconstituição que teria chamado a atenção da Amanda. Desta vez, falou que apenas presenciou o crime, sem participar dele. Aguardamos um exame de sanidade mental da jovem, pedido pela própria defesa dela, para provar que toda essa história não passa de invenção", disse Luz.
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