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Violência

Professoras são mortas em SJP

Duas professoras da rede municipal de ensino de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, foram encontradas mortas na manhã de ontem na casa em que residiam, no bairro Costeira. Sandra Maria de Moraes, 39 anos, e Patrícia Esteves Gomes, 29, foram executadas dentro de casa. O crime chocou a vizinhança e as colegas das duas. O motivo e a autoria do crime ainda são desconhecidos.

Sandra e Patrícia moravam juntas há cerca de nove meses, na casa que alugaram nos fundos do número 420, da Rua São Salvador. Cada uma foi morta com dois tiros – um no peito e outro na cabeça. Os corpos foram encontrados por um homem que morava em outra casa do mesmo terreno. De acordo com investigadores da Delegacia de São José dos Pinhais, ele estava fazendo sua mudança e viu que a porta da casa das professoras havia sido arrombada. A polícia foi acionada por volta das 11h30. As duas estavam caídas no quarto, cada uma em um lado da cama.

Sandra lecionava há mais de cinco anos na Escola Municipal Rosi Machado Marchesini e Patrícia tinha sido nomeada há cinco meses como professora do Centro Municipal de Educação Infantil Sossego da Mamãe. Elas também trabalhavam juntas vendendo cestas de café da manhã. As duas não tinham muito contato com moradores da região. "Saíam de manhã para trabalhar. Levavam uma vida normal, de trabalhador. Nunca vimos nenhuma movimentação estranha na casa", conta um vizinho que pediu para não ser identificado. "Estamos chocados. Não escutamos nada. Nenhum tiro", relata.

De acordo com a Polícia Militar, os vizinhos não souberam informar quem poderia ter matado as professoras, nem o que teria motivado o crime. "Foi execução. A princípio não levaram nada", conta o sargento João Carlos Bocardi. Os carros das professoras continuavam na garagem e não foram encontrados vestígios de que outro bem teria sido roubado. A Polícia Civil trabalha com todas as hipóteses para o crime e deverá ouvir testemunhas no decorrer desta semana para conduzir a investigação. Entretanto, existe a informação de que uma das professoras vinha sendo ameaçada a partir de bilhetes anônimos. Até as 20 horas de ontem, os corpos ainda não tinham sido liberados do Instituto Médico Legal e não havia sido definido onde serão os enterros.

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