Professores das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG) e do Centro-Oeste (Unicentro) passaram dois dias cavando buracos na zona rural de Irati, no Sul do estado. Eles procuravam vestígios de meteoritos que caíram na região há um mês. E tinham um bom indício para isso: um agricultor comunicou ao corpo de bombeiros que havia observado bolas incandescentes no céu e que achou duas perfurações no solo no lugar onde teriam caído.

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O primeiro dia de escavações, na quarta-feira, quase convenceu os pesquisadores. Os buracos eram muito profundos, irregulares e havia vestígios de terra chamuscada. Mas ontem os professores praticamente concluíram que não se trata de nenhum efeito da queda de meteoritos.

De acordo com o geógrafo Luiz Carlos Basso, da Unicentro, a escavação apontou que se trata do espaço deixado por raízes que apodreceram. O material coletado no local será encaminhado para análises laboratoriais para confirmar os resultados preliminares. Mas o professor não perdeu a esperança de achar parte do material vindo do espaço. Ele procura fragmentos do tamanho de grãos de arroz – suposta dimensão que os meteoritos teriam ficado depois de despedaçarem no céu. Segundo astrônomos, os meteoros não se chocam com o solo do planeta. Os corpos celestes se desintegram assim que entram na atmosfera da terra. A Eta Aquarids, como foi batizado o fenômeno presenciado em várias cidades paranaenses, começou a ser vista no dia 21 de abril e segundo dados do Observatório Municipal de Diadema (SP) pôde ser vista até 12 de maio.

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