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Em Curitiba, professores em greve fecharam ontem 71% das escolas da rede municipal | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Em Curitiba, professores em greve fecharam ontem 71% das escolas da rede municipal| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Agenda

Confira a previsão de paralisação ou assembleia de várias categorias:

• Hoje – Servidores estaduais da Saúde.

• Assembleia dos trabalhadores na limpeza pública de Curitiba.

• Amanh㠖 Previsão de paralisação em todo o país nos serviços públicos de educação.

• No Paraná: Educação e saúde, serviços judiciais, segurança, meio ambiente e agricultura, entre outros.

• 25 de março (terça-feira)– Policiais civis do Paraná já aprovaram indicativo de greve com início neste dia.

• 26 de março (quarta-feira)–Assembleia dos professores da rede federal de ensino.

Garis

Cascavel, no Oeste do Paraná, começou o dia ontem com uma greve dos garis. Os cerca de 350 trabalhadores que prestam serviço à Ambiental, empresa responsável pela coleta de lixo na cidade, decidiram pela paralisação. Apenas 30% dos coletores foram trabalhar. A greve é por tempo indeterminado. Os grevistas querem aumento salarial de 20% e que o mesmo porcentual seja repassado aos demais benefícios. Eles também cobram um plano de saúde, que já foi decidido na convenção, mas que ainda não foi colocado em prática.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) convocou ontem uma greve nacional dos professores. O órgão, que representa mais de três milhões de educadores das redes públicas de educação básica, reivindica o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, o investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria, a votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública. Amanhã, a CNTE montará uma tenda em frente ao Congresso. A entidade espera mais de cinco mil pessoas de todo o país para um ato em defesa da educação.

Na capital paranaense, o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) aderiu à convocação do CNTE na manhã de ontem e fechou 131 escolas (71% da rede municipal) durante todo o dia. Outras 53 mantiveram atendimento total ou parcial.

Os professores em greve tentaram se reunir com o prefeito Gustavo Fruet, mas foram recebidos por representantes das secretarias de Educação e Recursos Humanos. Depois disso, os professores decidiram em assembleia suspender a paralisação e retomar as aulas hoje. O sindicato, no entanto, manteve o estado de greve.

Os principais pontos exigidos pela categoria são: a contratação de novos professores; o enquadramento dos atuais funcionários no novo plano de carreira proposto pela prefeitura de Curitiba; e a jornada de trabalho das escolas de 6.º ao 9.º ano.

A secretaria municipal de Educação informou que o novo plano de carreira deve ficar pronto até o fim do primeiro semestre. A prefeitura garantiu que o novo enquadramento será determinado por tempo de serviço e trajetória de carreira do servidor, como queriam os professores. O município ficou de analisar a inclusão dos aposentados nesse novo enquadramento e dar uma resposta em até 15 dias.

Sobre as contratações, a secretaria reiterou que pretende aumentar o quadro de professores. A prefeitura fez no último domingo um concurso para contratar 140 professores. A homologação deles deve ocorrer até maio, quando serão incorporados à rede municipal. "Em 20 dias faremos uma nova assembleia para definir se terminamos definitivamente com a greve", disse Andressa Fochesatto, diretora do Sismmac.

A prefeitura informou que a solicitação de mudança na jornada de trabalho de hora-relógio para hora-aula depende de consulta à Procuradoria. A jornada em hora-aula para os professores de docência II (que dão aula do 6.º ao 9.º) reduziria a carga horária de 20 para 18 horas semanais, o que não está previsto no Estatuto do Magistério.

Colaborou: Antonio Senkovski

Servidores das universidades federais param na quinta-feira

Adriana Czelusniak

A greve dos servidores técnico-administrativos das universidades federais no Paraná foi aprovada em assembleia ontem. Os funcionários que participam da reunião no pátio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná concordaram com a paralisação das atividades a partir das 13 horas da próxima quinta-feira.

Ao menos 5 mil servidores devem cruzar os braços no Hospital de Clínicas, na UFPR, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, no Instituto Federal do Paraná e na Universidade Federal da Integração Latino-Americana. Uma escala está sendo organizada pela categoria para manter o mínimo de 30% do efetivo do HC, previsto por lei, o que significa garantir apenas os atendimentos de urgência e emergência.

A greve no Paraná segue orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), que esteve reunida com o governo federal na última quinta-feira, mas não teve avanço significativo nas negociações. Até agora, servidores de outras 19 universidades de todo o Brasil já aderiram ao movimento. Fazem parte das reivindicações a antecipação do reajuste de 5%, previsto para 2015, ainda neste ano – o que deve garantir aumento de 10% em 2014 – e a criação de um piso salarial de três salários mínimos e de database para a categoria.

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