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Professores da rede estadual de São Paulo aprovaram a continuidade da greve em assembleia no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp) nesta sexta-feira (15). A paralisação já dura dois meses e outra assembleia foi agendada para a próxima sexta (22).

Eles saíram do vão do Masp, onde ocorreu a votação, em passeata em direção à sede da Secretaria da Fazenda para pedir o pagamento dos dias parados na greve. Foi aprovado um trajeto que inclui bloqueio de vias centrais da capital, como a Brigadeiro Luís Antonio e a Avenida 23 de Maio.

Por volta das 17h, os manifestantes ocuparam totalmente a Avenida Paulista, no sentido Paraíso. Às 18h, o grupo bloqueou a 23 de Maio, no sentido centro. Segundo a Polícia Militar, 1,8 mil manifestantes participam do ato. A Apeoesp fala em 60 mil manifestantes. A PM acompanha o ato com pelo menos 14 motocicletas e seis viaturas, além da tropa de braço.

O governo estadual cortou o ponto dos professores no holerite de maio e trava uma disputa com a categoria na Justiça pelos descontos. Na última decisão, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, o corte de ponto foi proibido, mas cabe recurso.

Os professores da rede estadual, liderados pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), estão em greve desde o dia 16 de março. Eles pedem reajuste salarial de 75,33% para que, segundo cálculo do sindicato, haja equiparação da categoria a outras profissões com ensino superior. A meta é prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), sancionada em 2014 pela presidente Dilma Rousseff.

Na última reunião da categoria com a Secretaria Estadual de Educação, o governo disse que manterá a política salarial e que deverá apresentar um índice em junho. Também foram reforçadas propostas aos docentes temporários, como aumento do contrato para 3 anos e inclusão em plano médico dos servidores públicos (Iamspe).

O governo considera a greve “extemporânea” e tem afirmado que a adesão é inferior a 10% de toda a rede estadual. Já a Apeoesp fala em 50% de adesão.

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