Professores e servidores da rede estadual de ensino do Paraná fazem um dia de paralisação hoje. O Sindicato da Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) espera a adesão de pelo menos 90% dos mais de 88 mil docentes do estado, que atendem 1,3 milhão de alunos. O protesto faz parte do programa de mobilizações previstas na Semana Nacional de Defesa da Educação promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Manifestações serão feitas em Curitiba e em outras 19 cidades do interior do estado. Na capital, os professores prometem realizar o "enterro simbólico" do Sistema de Assistência à Saúde (SAS), órgão administrativo responsável pela cobertura médica-assistencial dos funcionários do estado. Os professores reclamam da falta de médicos, hospitais e demora nos atendimentos. A concentração dos professores em frente do Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, está marcada para as 9 horas.
"Temos ainda outras reivindicações, como o pagamento de promoções e progressões de professores e funcionários, que está atrasado, a realização de concurso para servidores e a melhoria das condições de trabalho", explicou Marlei Fernandes de Carvalho, presidente da APP-Sindicato.Paralisação nacional
A paralisação convocada pela CNTE já começou ontem em outros estados e a previsão é que siga até amanhã até o momento, São Paulo e Maranhão deflagraram greve por tempo indeterminado. A principal reivindicação dos profissionais é o cumprimento da Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso salarial nacional do magistério da educação básica é R$ 1.567 e deve ser pago em forma de vencimento. Além disso, a categoria pede a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que direciona as políticas para a área nos próximos dez anos, e a destinação de 100% dos royalties do pré-sal para o setor.